Justiça brasileira viola a lei e bloqueia auxílio emergencial

 Por Cimberley Cáspio

É fato que a justiça brasileira está bloqueando uma série de auxílios emergenciais, deixando muitos vulneráveis condenados literalmente à fome.

Além da lei proibitiva de penhora do auxílio, o próprio Conselho Nacional de Justiça criou uma resolução também proibindo e orientando os magistrados a não executarem tal penhora. Mas, nada disso está valendo para a justiça, ela mesma está atropelando a lei e a resolução do CNJ.

Para o desbloqueio, o miserável, além de ter que arrumar advogado, ou, tentar a difícil Defensoria Pública, tem que passar vergonha e provar que realmente é miserável e precisa extremamente do dinheiro. E todo esse processo, tem um tempo que a fome não dá. E até a decisão judicial do desbloqueio por parte do juiz(que recebe auxílio moradia vitalício tendo mansão própria), a fome faz com que o corpo do extremamente miserável, se consuma por dentro , perdendo cada vez mais peso, até que coma e se salve, ou, até que morra de inanição. E no atestado de óbito não vai constar morte pela fome.

Ilegalmente, o bloqueio do auxílio emergencial por parte da justiça, é feito de forma genérica, de forma irresponsável, e sem nenhum consenso de direito a vida dos mais vulneráveis. O ato, independente da dívida ou da história da dívida, é monstruoso. E estou falando aqui da realidade social da extrema pobreza, das pessoas realmente necessitadas, pobres e indefesas.

O que podemos dizer sobre isso? Um genocídio praticado pela justiça aos mais pobres e indefesos brasileiros? A justiça vai assumir a culpa da morte pela fome? Não estamos falando da África, estamos falando daqui mesmo, do Brasil, o chamado celeiro do mundo, sim, o país que abastece o mundo, mas que nos ameaça, ou nos mata pela fome.

E o que impede a morte de alguns pela fome, é a extrema solidariedade por parte também de alguns brasileiros abastados que se compadecem e no mínimo não se importam de fornecer comida a uma família de uma mulher e 3 crianças esfomeadas.

É terrível ter que entrar no casebre e entregar a comida pronta em mãos dessas pessoas, pois não adianta levar alimentos que precisarão ser cozinhados, pois não há gás para cozinhar.

A coisa é tão trágica que mães deixam de comer para que os filhos pequenos possam comer pequenas sobras, ou, água misturada com um pouco de leite. E não é mais história da seca do nordeste, é o flagelo atual provocado não pelo clima, mas pela instituição de “justiça”.