Terceira onda agressiva de COVID-19 está atingindo toda a África. Está subindo mais rápido do que em todos os picos anteriores
Por Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África

- A África enfrenta sua pior onda de COVID-19, em meio à escassez de vacinas. Com os casos dobrando a cada três semanas , a variante Delta se espalhou por 16 países do continente e está presente em três das cinco nações que relatam o maior número de casos.
- Os casos de COVID-19 nos países europeus também voltou a subir, após 10 semanas em declínio. A OMS espera que a variante Delta – a mais contagiosa identificada até o momento – seja dominante no continente até agosto.
- Os dados foram apresentados pela Organização Mundial da Saúde em sua atualização semanal. Na ocasião, a OMS voltou a pedir uma distribuição rápida e equitativa de vacinas para frear a pandemia e o surgimento de variantes.
Uma terceira onda agressiva de COVID-19 está atingindo toda a África. Alimentados pela propagação de variantes preocupação, o número de casos está subindo mais rápido do que em todos os picos anteriores, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Especialistas da OMS alertaram na coletiva de imprensa de quinta-feira (1o) que os números aumentaram por seis semanas consecutivas no continente. Com um aumento de 25% na semana passada, chegando a 202 mil casos positivos. As mortes também aumentaram 15% em 38 países africanos.
Além disso, o número de casos voltou a subir na Europa, após 10 semanas em declínio. Com a relaxamento das restrições, mais viagens e mais encontros entre pessoas, as novas notificações aumentaram 10% entre os países do bloco. A OMS estima que a variante Delta – a mais contagiosa identificada até o momento – deve ser dominante na Europa até agosto.
Jovens adultos atingidos – A variante Delta, inicialmente identificada na Índia, agora é dominante na África do Sul, responsável por mais da metade dos casos da África na semana passada. Além disso, a variante foi detectada em 97% das amostras sequenciadas em Uganda e 79% daquelas sequenciadas na República Democrática do Congo.
A variante também parece estar alimentando doenças entre os jovens adultos. Em Uganda, por exemplo, 66% das doenças graves em pessoas com menos de 45 anos são atribuídas à variante Delta.
Para ela, todos devem agir agora e aumentar as medidas de prevenção para impedir que “uma emergência se torne uma tragédia”.
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