Por Cimberley Cáspio
Viajando a serviço, ia ouvindo no rádio do carro, a JB FM e degustava lindas canções brasileiras e internacionais que tanto sucesso faziam durante o regime militar no Brasil.
Claro, que só o que era de qualidade e útil ao povo e ao país, poderia ser exposto publicamente na mídia: canções, poesias, romances(que saudades das fotonovelas nas revistas!), programas radiofônicos e televisivos, filmes, novelas ( irmãos coragem, o bem amado, pantanal…) enfim, fartura do melhor que a arte podia produzir em todo o sentido.
Os artistas, autores e compositores, se superavam a cada ano nos dando o prazer de emoções auditivas e visuais, era fantástico. Os censores atuavam e muito bem. Porcarias iam para a lata de lixo.
A arte desfilava pelo país orgulhosa, ostentando quase que como a Estátua da Liberdade o brilho boreau do que havia e fazia do melhor.
Eramos brasileiros orgulhosos e prazerosos de cantarmos e também imitarmos nossos ídolos que tanto amávamos de verdade. Cantores, atores, atletas e escritores.
O que era bom e tinha qualidade, nem os censores resistiam e aprovavam a exposição pública do projeto artístico, e a censura atuava como um muro que protegia o melhor das artes em geral, ao ataque do lixo que não conseguia passar da linha de defesa.
Íamos ao Maracanã assistir Pelé, Gersom, Jairzinho, Zico…Ao Maracanãzinho assistir os festivais da canção…Nos bailes à noite, curtir os Fevers, Cry Baby, Aeroporto, Renato e seus Blue Caps…
A calça era LEE, botas beatles e esse era o carro top. Não havia mulher que resistisse.
Sim, a gente viveu a verdadeira democracia. Obrigado censura! Obrigado censores!
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