Pressão militar dos EUA contra a China está aumentando.

 Por Manlio Dinucci – Editado por Cimberley Cáspio


No Senado dos EUA, o projecto de lei S.1169 sobre a Competição Estratégica com a China, foi apresentado em 15 de abril.

A exposição dos motivos do projeto de lei não deixa dúvidas de que o confronto é abrangente: “A República Popular da China está a incentivar o seu poder político, diplomático, econômico, militar, tecnológico e ideológico para se tornar um concorrente estratégico global quase igual aos Estados Unidos.

As políticas cada vez mais seguidas pela RPC nestas áreas, são contrárias aos interesses e valores dos Estados Unidos, dos seus parceiros e de grande parte do resto do mundo”. Nesta base, a lei estabelece medidas políticas, econômicas, tecnológicas, midiáticas, militares e outras contra a China, com o objetivo de atacá-la e isolá-la. Uma verdadeira declaração de guerra, não no sentido figurativo.

O Almirante Davidson, que dirige o Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, pediu ao Congresso 27 bilhões de dólares para construir uma cortina de bases de mísseis e sistemas de satélites em torno da China, incluindo uma constelação de radares em plataformas espaciais.

Entretanto, a pressão militar dos EUA sobre a China está aumentando: lançadores de mísseis da Sétima Frota estão navegando no Mar do Sul da China, bombardeiros estratégicos da Força Aérea dos EUA foram estacionados na ilha de Guam, no Pacífico Ocidental, enquanto os drones Triton da Marinha dos EUA foram trazidos para mais perto da China, transferindo-os de Guam para o Japão.

Na pegada dos Estados Unidos, a NATO está também a alargar a sua estratégia à Ásia Oriental e ao Pacífico  onde – Stoltenberg, Secretário-Geral da NATO anunciou – “precisamos nos fortalecer militarmente juntamente com parceiros próximos como a Austrália e o Japão”. O Parlamento Europeu não deu, portanto, simplesmente mais um passo na “guerra de sanções” contra a China. Deu mais um passo no sentido de motivar a Europa para a guerra.

https://www.voltairenet.org/article213192.html

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