Os hospitais no Brasil, estão parecendo mais um campo de concentração do que um lugar de esperança para cura.

 Por Cimberley Cáspio

Hospital Platão Araújo, em Manaus: entre os pacientes, um cadáver envolto em plástico –  Jonne Roriz/VEJA

Realmente estamos em uma guerra. Assim como soldados em campo de batalha, o povo brasileiro enviado aos hospitais em todo o território nacional, tem poucas chances ou nenhuma de sair vivo de lá.

A despedida dos familiares acontece na entrada do hospital ou na transferência na ambulância. A partir dali, não haverá mais informação, casais enfermados são separados de hospitais, e na maioria dos casos, grande parte dos doentes, já sabem que somente com muita sorte conseguirão sair daquele lugar.

Claro que toda regra há exceção, mas na maioria dos casos, hospital público, e até mesmo alguns hospitais particulares, estão parecendo campos de concentração e não lugares de esperança para cura. Grande parte desses hospitais não dão informações do doente aos familiares, o que obriga milhares de famílias se deslocarem até mesmo em grande distância até o hospital, para se saber alguma coisa do seu parente ou conhecido internado naquele lugar. E assim mesmo, ali mesmo, em grande parte, não se consegue a informação que se quer, com raras exceções.

Mas há uma curiosidade: quando na morte do paciente, o hospital imediatamente se comunica com familiares, e o carro da funerária já está no local para o serviço mórbido. Como assim? Se anteriormente procura informação,e a informação não é repassada, mas, para avisar sobre a morte, a informação chega rapidamente? Há algo de muito estranho sobre isso.

E se há uma guerra, claro que há oposição política, e poderosa. E para essa oposição política, o coronavírus veio em excelente hora. Uma arma aliada oposicionista para retornar ao poder político, independente de quantas mortes sejam necessárias, a fim de remover o poder atual. E quanto mais mortes forem utilizadas como ferramenta política, mais fácil será a remoção do presidente Bolsonaro, acredita a oposição.

E quase todo o sistema está aparelhado e favorecendo a oposição, inclusive os hospitais. Se o coronavírus não matar, a falta de oxigênio matará. Se o coronavírus não matar, a falta de sedativos matará, e se ainda assim o coronavírus não matar, a falta de vontade e negligência hospitalar, também matará.

Há maior lucratividade na morte do que na vida, na cura do enfermo? Os remédios para que o paciente possa ser curado do coronavírus existem. Alguns são caros e outros menos caros, mas existem. E por que não são administrados no SUS, aonde acontece o maior número de mortes? Milhares foram curados do coronavírus, porém grande parte em hospitais particulares. Em hospitais do SUS, para alguns sortudos, parentes e colegas fizeram e ainda fazem vaquinha para comprar por exemplo, tocilizumabe , um remédio caro, porém eficaz na cura de muitos infectados pelo COVID-19. Mas é um remédio caro, como disse. E os que não podem e também não tem a sorte de receber tal administração? Estão condenados.

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