Em pleno século XXI, alguns fazendeiros ainda não se conscientizaram de que a lei áurea foi sancionada.

 Por Cimberley Cáspio – opinião

TCC estuda crescimento de trabalho análogo à escravidão com chegada de  imigrantes | Roraima em Foco
Foto: Ascom/Estácio

Alguns fazendeiros no Brasil, ainda não se conscientizaram de que a lei áurea foi sancionada. E ainda nessas fazendas, encontramos pessoas trabalhando em regime análogo à escravidão; e da forma um pouco mais leve, trabalhadores morando com famílias em casas que nem banheiro tem.

Em pleno século XXI, ano 2021, ainda encontramos em regiões rurais, esse tipo de tratamento por parte de pessoas ricas, mas, de almas extremamente miseráveis, os quais, desprezam seus colaboradores, e em alguns casos, pagam uma miséria de salário que é a mesma coisa que mantê-los em prisão. Em outros casos, se apoderam de direitos e bens desses colonos, sem lhes dar qualquer ciência e conhecimento. O que faz com que esses colonos continuem trabalhando sem perceber que seus direitos e bens foram saqueados. Tristeza.

Enquanto na sede da fazenda a mesa é farta, na mesa da casa desses colonos, a tristeza que se tem, é de partir o coração, as vezes, somente fubá para comer, alimentar mulher e filhos.

E se algo acontece com o trabalhador, de forma que contraia alguma invalidez consequente de uma ação no trabalho, a família fica ao deus-dará. Não há indenização de nenhuma espécie, e sorte do trabalhador se conseguir o auxílio invalidez do INSS. Será sua única fonte. Da fazenda é que não receberá um centavo sequer.

Uma boa parte dos colonos que trabalham em fazendas no Brasil, ainda são vítimas desses maus tratos, do desprezo e da discriminação social.

Ex-colonos ainda clamam justiça, muitos estão inválidos devido trabalhos forçados e jornadas intensas em fazendas, que provocaram danos físicos permanentes. Os que sobreviveram, ainda estão por aí.

Aonde estão? O Ministério Público do Trabalho sabe onde essas pessoas estão. E não basta simplesmente libertá-las, mas também reintegrá-las ao mundo real; prover habitação digna para essas famílias, aluguel social, cesta básica, integrar as crianças na escola, e ajudar no encaminhamento ao mercado de trabalho.

As Secretarias Municipais de Ação Social no Brasil, estão trabalhando de forma descomunal, porém o Ministério Público do Trabalho, precisa se aproximar mais, se inteirar mais, e trabalhar de forma mais dinâmica com as Secretarias Municipais de Ação Social. Que se assim fizer, a possibilidade de erradicar essa mancha no Brasil de uma vez por todas, é muito real.

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