Por Victória Gearini

Em julho de 1913, o banqueiro francês Albert Kahn registrou uma das cenas mais cruéis e perturbadoras da História. Considerado o pioneiro de fotografias coloridas — processo inventado pelos irmãos Lumière — o homem tirou uma foto de uma mulher mongol sendo torturada.
A insólita imagem
No ano do fatídico episódio, Kahn estava viajando pelo mundo e conhecendo países que para ele eram considerados “exóticos”. No entanto, durante sua estadia na Mongólia, o banqueiro registrou uma das cenas mais chocantes da humanidade.
Enquanto fotografava uma região remota do deserto, o milionário avistou uma caixa abandonada. Ao se aproximar, o fotógrafo se deparou com uma mulher presa no intrigante objeto. Contudo, o homem foi impedido de ajudá-la, pois, isso poderia ferir códigos que determinavam que um indivíduo de uma outra cultura não devia interferir diretamente no sistema de leis de outros países.

Sem poder fazer nada para salvá-la, Kahn foi obrigado a deixá-la sozinha no deserto enquanto a mulher ansiava pela morte. Já em 1922, a imagem do fotógrafo foi publicada pelo National Geographic sob a legenda: “Prisioneira da Mongólia em uma caixa”.
Na época, a fotografia viralizou no mundo e muitos editores de revistas presumiram que a mulher foi condenada à morte como punição por suposto adultério. No entanto, sabe-se que a vítima foi abandonada no deserto para morrer de fome, frio e sede, por meio de um processo lento e doloroso.
Já na Mongólia, este método foi utilizado até o início do século 20. No entanto, mesmo que algumas pessoas fossem proibidas de receber alimentos — como no caso da mulher da foto em questão — elas poderiam clamar por comida. Entretanto, os prisioneiros muitas vezes agonizavam durante dias até morrerem.
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