Bilderberg 2017: pauta da reunião,”devolver o diabo à sua caixa”.

 Por Thierry Meyssan – editado por Cimberley Cáspio

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Reunião de 2017 foi nos EUA: Não existe qualquer fotografia da reunião do Grupo de Bilderberg cujos trabalhos são confidenciais. A segurança da reunião não foi garantida pelo FBI, nem pela polícia da Virgínia, mas por uma milícia privada e diretamente pela OTAN.

A única coisa que parecia fazer o consenso entre os Aliados era a necessidade de abandonar o princípio de um Estado jihadista. Todos admitiram que era preciso devolver o diabo à sua caixa. Quer dizer, acabar com o Estado Islâmico, mesmo que alguns continuassem com a Alcaida. É por isso que, inquieto com a sua sobrevivência, o então auto-proclamado Califa Abu Bakr al-Baghdadi fez chegar secretamente um ultimato a Downing Street e ao Eliseu. Sem saber, que nesta reunião, já tinha recebido a sentença de morte.

E o mais curioso aconteceu: O MI6 e a CIA correram um grande risco ao convidar um não-atlantista para a reunião do Bilderberg 2017. O Embaixador da China, Cui Tiankai, que só interveio no quarto dia do seminário, o que permitiu avaliar desde o primeiro dia as posições de cada membro da OTAN.

Por um lado Pequim apostava na colaboração de Donald Trump, na abertura dos Estados Unidos ao seu Banco Asiático de Investimento para a Infra-estruturas (AIIB), e no desenvolvimento de todas as sua rotas comerciais. Por outro, esperava que o Brexit se traduzisse numa aliança econômica e financeira com Londres.

O Embaixador Cui, que foi Diretor do Centro de Pesquisa Política do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, poderia, portanto, aparentemente, ficar satisfeito com uma simples destruição do Estado Islâmico. Mas, ele constatou que aqueles que organizaram o Califado para cortar a «Rota da Seda» no Iraque e na Síria, depois a guerra na Ucrânia para cortar «a Nova Rota da Seda», se prepararam para, preventivamente, abrir uma terceira frente nas Filipinas e uma quarta na Venezuela, afim de cortar outros projetos de comunicação chinês.

Deste ponto de vista, à época, a China, que tal como a Rússia tinham interesse em apoiar Donald Trump, queriam prevenir o terrorismo no seu próprio país, e obter o máximo de conhecimento possível sobre as possíveis consequências a longo prazo de uma hegemonia britânica no «crescente do islã político».

Mas o Estado Islâmico, criado pela OTAN, para cortar a “Rota da Seda”, não foi destruído e sim, reformulado, e um novo fantoche, quer dizer, líder, foi empossado, Amir Mohamed Said Abd al-Rahman al-Mawla, que estava preso em uma prisão americana de Bucca, e solto por razões desconhecidas.

https://www.voltairenet.org/article196637.html

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