O coronavírus nos cercou. Retroceder é impossível. E o avanço tem produzido baixas enormes.

 Por Cimberley Cáspio

TEMPESTADE DE AREIA FAZ DIA VIRAR NOITE NA ARABIA SAUDITA E KUWAIT - YouTube

Em tempos de coronavírus, as classes que mais estão se arriscando: jornalistas de verdade, pessoal da saúde e taxistas.

Quanto aos jornalistas de verdade, digo, os que fornecem informação real, que perdem seus empregos, são processados, alguns assassinados, e os que sobrevivem, passam a trabalhar no UBER, como vários colegas meu que fazem isso agora para sobreviver.

Pessoal de saúde: médicos, enfermeiros, motoristas de ambulâncias, maqueiros, e pessoal do serviço geral nos hospitais, que trabalham de forma desesperada para estarem vivos até o dia do pagamento, onde em alguns casos, se sentem no combate abandonados e lutando por conta própria.

Taxistas: transportam independente de quem e pra onde. Jamais saberão quem embarcou ou desembarcou contaminado do táxi. O trabalho é prioridade mas a luta é para não se perder a saúde em nenhuma hipótese.

E quem vê tudo isso? É uma tremenda travessia sobre o mangue. Contorce o corpo pra lá, contorce o corpo pra cá, e toda atenção pra saber onde pisa; pois se pisar errado, toda a perna pode ser coberta pela lama e ficará difícil sair. Assim essas 3 classes de trabalhadores estão atravessando essa pandemia chinesa maldita. Qualquer um pode ser pego, mas o trabalho de informar, tratar e curar, e transportar, não pode parar, e haja munição, além da coragem, ou loucura de encarar o problema, ou sei lá mais o quê.

A verdade é que estamos sozinhos, o SAARA está bem na nossa frente, nos atacando com fortes tempestades de areia, e nos oferecendo que tipo de morte queremos: sofrimento curto, ou sofrimento longo, pois retroceder é impossível, estamos cercados. E o avanço está produzindo baixas enormes.

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