Por Mikhail Voytenko

O destróier de mísseis guiados classe Arleigh Burke da Marinha dos EUA USS JOHN S. MCCAIN (DDG 56) foi “abordado agressivamente” pelo contratorpedeiro da Marinha russa ADMIRAL VINOGRADOV em 24 de novembro nas águas do Golfo Peter The Great, mar do Japão, quando o destróier americano tentou exercer o direito de liberdade de navegação em águas internacionais além das águas territoriais russas.
Em 1984, a URSS declarou um sistema de linhas de base retas ao longo de suas costas, incluindo uma linha de base reta envolvendo a Baía de Pedro, o Grande, como águas internas reivindicadas. Esta linha de fechamento de 106 milhas náuticas (nm) é inconsistente com as regras do direito internacional, conforme refletidas na Convenção do Direito do Mar para delimitar as águas de uma baía. Ao traçar essa linha de fechamento, a URSS tentou reivindicar mais águas internas – e mar territorial mais longe da costa – do que tem o direito de reivindicar sob o direito internacional. A Rússia deu continuidade à reivindicação da URSS. Ao conduzir essa operação, os Estados Unidos demonstraram que essas águas não são o mar territorial da Rússia e que os Estados Unidos não concordam com a afirmação da Rússia de que Pedro, o Grande, é uma “baía histórica” segundo o direito internacional.

De acordo com a mídia russa citando o Ministério da Defesa, o comandante do contratorpedeiro russo advertiu o destróier americano, que ele violou a fronteira russa e navegou cerca de uma milha em águas russas. E ameaçou abalroar o navio americano se não saísse das águas russas. USS JOHN S. MCCAIN teve que voltar e deixar a área.
A Rússia, obviamente, viola a Convenção da Lei do Mar, enquanto a Marinha dos Estados Unidos viola algumas leis não escritas que ditam o comportamento da marinha em áreas sensíveis em todo o mundo.
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