Por Cimberley Cáspio

Muito embora o perigo de morte seja tão real quanto uma guerra bélica, os soldados da saúde que combatem o coronavírus na linha de frente, não tem pelas autoridades brasileiras, o reconhecimento pelo sacrifício e exposição ao mortal vírus chinês, o qual, já matou milhões de pessoas no mundo e ainda continua matando.
Estamos em guerra contra um vírus altamente letal, e os soldados da saúde tem como missão, salvar vidas e defender a própria. Quer dizer, não deixar morrer, e também não morrer. Mas se o soldado da saúde morrer em combate, ele é praticamente relegado.
Se for concursado, o cônjuge recebe o valor da pensão integral; se for contratado pela CLT, é desterrado ao INSS e o cônjuge vai receber uma pensão de valor bastante inferior em relação ao salário que o soldado da saúde ganhava quando vivo; mas se o soldado da saúde cair em combate, e estava sob o regime autônomo(RPA), aí a desgraça é total. Todo o sacrifício em prol das vidas que salvou, não lhe valeu absolutamente nada financeiramente para sua família, a qual, não ganhará nem uma cesta básica.
Os soldados da saúde estão lutando uma guerra com o motivo de salvar vidas, salvar a si mesmo, e a sua família. E sabem muito bem que se cair em combate, não terão reconhecimento e nem promoção “post mortem”, pelo contrário, relegado e esquecido, independente do sacrifício que os herdeiros irão passar.
E ignorado pelas autoridades do Brasil, esse exército em que não há desertor, desesperado em salvar vidas, continua a combater, mesmo sob baixas de colegas médicos, enfermeiros e técnicos.
E que conclusão podemos chegar? A Pátria foi acometida de alzheimer, e infelizmente não reconhece mais os seus filhos?
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