Por Cimberley Cáspio

Um depósito secreto da Finlândia, em foto cedida pelo Centro Nacional de Abastecimento de Emergência.
Em registro na Bíblia, faraó teve um sonho e trouxeram José diante do soberano egípcio para interpretar o que era ainda um mistério no pensamento do líder do Egito antigo.
E a interpretação do sonho referia-se a sete anos de fartura e logo após sete anos de fome, e José, imposto por faraó, o segundo no comando do país, estrategicamente, construiu enormes armazéns e supriu de tudo aquilo que o povo iria precisar para sobreviver e atravessar o período de grande dificuldade que estava para chegar.
E quando chegou o ciclo da seca, José abriu os armazéns e supriu o país de acordo as necessidades exigidas. Países que não usaram essa estratégia na época, sucumbiram.

E igualmente a Finlândia vem fazendo isso desde a Guerra Fria, e continuou mesmo após o término desse período de tensão entre EUA e a Rússia.
Até aqui, esses armazéns eram secretos, e ninguém sabia onde estavam. E secretamente, os administradores finlandeses continuavam abastecendo esses armazéns de todo suprimento necessário, inclusive insumos médicos.
Também há petróleo para subsistir durante pelo menos cinco meses; cereais (de produção nacional) para alimentar toda a população ao menos por um semestre; agulhas e seringas descartáveis; tubos intravenosos; dispositivos de transfusão de sangue e outros líquidos; material de intubação; diversos tipos de cateter, entre outros artigos, segundo uma lista feita pelo próprio Centro ao jornal finlandês.
Independente de ter o motivo para isso, devido ter sofrido invasão russa em 1939, e o vizinho até hoje não demonstrar nenhuma confiança de que não fará isso de novo, a estratégia de juntar para o tempo necessário, se fez fundamental para nesses dias salvar vidas e a economia finlandesa diante da pandemia do coronavírus que está varrendo nações em todo o mundo.
Quem não se preparou, enfrenta grandes dificuldades econômicas e estruturais para se salvar como puder. Improvisando e usando recursos que estão às mãos, sem saber o que farão quando os recursos acabarem. E sem saber o que farão, os sobreviventes, como recomeçarão.
Ao término dos 7 anos de fome no Egito, a economia e a estrutura social não sofreu abalos significantes, em que o país pode seguir em frente ainda de pé; e é o caminho que a Finlândia segue no momento.
E pela primeira vez, diante da necessidade de sobreviver a terrível pandemia que varre o planeta, abriu os armazéns revelando ao mundo o quanto é o mais bem preparado país entre os nórdicos, pronto para subsistir a uma grande catástrofe ou uma terceira guerra mundial”.
E o Brasil? Como os sobreviventes seguirão depois dessa? Esse foi o último ataque biológico? Claro que não. Outros ataques irão surgir, biológicos ou não, mas vão surgir. E juntar como as formigas não seria um ato racional e inteligente de também fazer? Aproveitar o tamanho do continente para construir estruturas que possam armazenar todo tipo de suprimentos e insumos necessários à sobrevivência de uma nova onda seja ela qual for, para que não sejamos pegos de surpresa como agora? E ser pego de surpresa é um erro, e ainda mais difícil os poderosos assumirem a falha; resultando com isso, brigas internas entre facções políticas, quando deveríamos lutar juntos.
Se iremos sobreviver a isso? Não sabemos. Mas os finlandeses vão sobreviver com folga. Armazenaram e estão lutando juntos.
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