Só mesmo uma pandemia para que a classe pobre tenha acesso integral ao sistema de saúde. Digo maldita ou bendita pandemia?
Por Cimberley Cáspio

É normal que os problemas aconteçam. E é também normal a resposta aos problemas, seja pessoal, social, oficial, e até mesmo mundial. Mas quando o problema, ou, problemas atingem somente a classe pobre, a dificuldade é enorme; dificuldade em todo o sentido. Na questão da saúde por exemplo, não há verba, falta remédio, falta transporte, não há leito para vagas de internação, consultas são marcadas para um tempo futuro, tempo esse em que muitas das vezes, o paciente morre antes de consultar, e por aí vai.
Mas quando o problema atinge a classe rica, inclusive a nata do poder, no caso, essa pandemia de coronavírus, incrível como todos os obstáculos são removidos e o dinheiro surge de repente, incrível! Hospitais são montados ou construídos em poucos dias, leitos para internação aparecem em quantidades satisfatórias, remédios, apoio em todo o sentido, médicos para consultas imediatas, e dependendo da situação, mesmo que o paciente seja pobre e esteja em um rincão, o governo rapidamente disponibiliza o transporte, seja por terra, ou mesmo helicóptero dependendo da urgência.
O bom de uma pandemia, é que todas as máscaras caem, as cortinas são removidas e tudo fica às claras. Claro que a classe abastada e o poder, não se importa com a morte do pobre, mas quando essa mesma classe abastada e membros do poder, se veem ameaçados, nem mesmo eles querem morrer, e diante do medo da morte, tudo é feito para afastar tal ameaça e garantir a vida, e o luxo. E dependendo do grau de ameaça da pandemia, todo dinheiro será disponibilizado, inclusive até mesmo valores secretos e totalmente desconhecidos da população. Se preciso for, um hospital com 1000 leitos pode ser construído em 10 dias. A China provou isso. E o Japão mais ainda, foram 2.
Digo maldita ou bendita pandemia?
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