Por Cimberley Cáspio

É o que parece. Ao se permitir tantos impostos e taxas embutidos na conta de luz, inclusive taxas ocultas que no geral, nada tem a ver com o setor, parece que realmente o propósito é tornar a energia elétrica, artigo de luxo, em que só ricos e parte da classe média poderão usufruir.
Ao não pagar a conta de luz, as concessionárias seguem religiosamente o corte da energia nas residências, independente da necessidade do que ocorre no interior da moradia. Em alguns casos, pessoas doentes que precisam de aparelhos ligados a fim de que possam sobreviver às enfermidades. Quando digo pessoas, incluo idosos e até crianças, os quais, são vítimas do achaque oficial, sem piedade e nenhuma misericórdia.
E o número de brasileiros que estão deixando de pagar a conta de luz segue aumentando, enquanto o corte pelas concessionárias segue na mesma proporção. O famoso “gato” seria à solução? Não. Para a Agência Nacional de Energia Elétrica, isso é roubo, e quem for flagrado pode ser processado e até preso. Mas sabendo que grande parte do povo brasileiro é assalariado, ganha salário mínimo, somando aí os milhões de desempregados que vivem de bico, e o valor da conta de luz, não do consumo, leva boa parte do sustento econômico de uma família pobre, e as autoridades do setor elétrico estimulam o corte da energia à população, qual à resposta a esse ataque à vida do brasileiro? A volta do lampião e da velha lamparina? Sim, tudo bem. Mas e os doentes que precisam de aparelhos ligados à energia? Assistimos à morte dessas pessoas? Simples assim?
Essa forma de administração pública em não permitir a liberdade de usufruir a energia brasileira pelos brasileiros, não é um pouco parecido com nazismo? Não querer saber da necessidade particular e suas consequências de atos oficiais impositivos contra o povo, o que podemos imaginar? Querem voltar o país à Idade Média? Criar um apartheid? Enviar sobre nós a Ku Klux Klan? Sim, ao aceitarmos o uso do lampião e da lamparina, realmente voltamos no tempo. E voltar no tempo significa atraso, retrocesso. E parece que é isso que a ANEEL deseja.
Incrível que pensava que as agências regulatórias nos serviriam, mas o que está sendo mostrado é que essas agências nos atacam, atacam o país, atacam de verdade, pra valer, e a morte de milhares de brasileiros devido atos oficiais impositivos, é uma forma de revelar o quanto nos odeiam, o quanto querem o nosso mal; e quanto mais brasileiros morrerem, seus egos mórbidos vão se alimentando.
Mas, e a justiça? Não conte com ela.
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