“Epidemia de suicídio: a menina mais jovem que conversou comigo, que estava se automutilando e querendo se matar, tinha 7 anos”
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Por Poder360
A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) diz que o
Brasil pode estar entre os 5 primeiros no mundo em números de suicídio
e automutilação
A ministra Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) afirmou que o Brasil “está diante do caos da epidemia de suicídio”. Para ela, o país pode ficar impressionado quando tiver números atualizados sobre o problema. “É possível que a gente se assuste. Que a gente esteja entre os 5 primeiros no mundo em suicídio e automutilação”, afirmou.
Damares Alves ressaltou que há um fenômeno dessas ocorrências entre crianças. “Nós
temos registro de crianças de 6 anos no Brasil que se suicidaram. A
menina mais jovem que conversou comigo, que estava se automutilando e
querendo se matar, tinha 7 anos”, afirmou. Os casos também são cada vez mais comuns entre os jovens.
Em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, no programa Impressões, que vai ao ar na 3ª feira (6.ago.2019) às 23h, na TV Brasil, a ministra fez 1 apelo: “Todos
eles que estão se autoflagelando e tentando o suicídio falam que estão
com dor na alma. E a gente não pode subestimar isso. Não subestime e,
por favor, não recrimine. Não use essa frase ‘é frescura, quer
aparecer’. Não é! Essa geração está em profundo sofrimento. Nós vamos
ter que entender, saber o que está causando esse sofrimento. Essa
geração não sabe lidar com conflitos”.
Damares disse ainda que acredita que enfrentar esse tema é um desafio da humanidade e que o Brasil já amarga números absurdos.
A
ministra lembrou que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o
país já é o 8º no mundo, mas que o relatório é de 1 período em que havia
subnotificação. Com a nova legislação, sancionada este ano no país,
será obrigatório informar suicídio, tentativa e o resultado de
investigação criminal que comprove que a pessoa optou pela própria
morte. A automutilação também terá de ser registrada.
Damares
afirmou que o ministério focou nas orientações estabelecidas pela OMS
para falar sobre o assunto, para não haver risco de efeito contágio.
“Vamos ter que
fazer uma revisão de valores, ir para a escola, conversar com os pais,
trazer todo mundo para esse debate. Temos que ter muito cuidado e
delicadeza para falar. Obedecer protocolos. Nós precisamos começar a
falar com os líderes religiosos que a oração é importante, a fé nesse
processo é importante, mas a gente também está diante de uma questão de
saúde mental”, alertou.
Segundo a ministra, já há uma
parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria para os
profissionais de saúde fazerem tutoriais para o ministério e a pasta
treinar jornalistas, blogueiros, professores, conselheiros tutelares e
líderes religiosos.
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