Se abandonar o campo, a urbanização toma conta e faltará comida.

Por Cimberley Cáspio

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 Foto: Alina Souza

Se o produtor rural, principalmente os pequenos e médios, não forem valorizados e protegidos pelo governo federal, em um curto espaço de tempo, não haverá mais ninguém na roça para produzir qualquer tipo de atividade rural, quer dizer, produzir comida.
Há décadas e ainda hoje, o pequeno e médio produtor reclama que somente os intermediários é que lucram com o trabalho da roça. Ficando para o produtor, dívidas e falta de esperança.
Boa parte dos jovens, filhos de produtores rurais, não veem mais futuro na agricultura, e apoiados pelos pais, decidem tomar o caminho da cidade para estudar e tentar outra atividade econômica, com o objetivo fundamental de conseguirem escapar da armadilha que prende e sacrifica os pais, agricultores, de uma forma que não conseguem mais sair. Para quem se habituou a vida inteira na roça, é quase que impossível se adaptar na cidade grande, é quase que um suicídio. Diferente do jovem, o qual, adaptação não é a dificuldade maior.
O que atrapalha e sacrifica todo esse processo é o controle do preço do produto rural nas mãos de um pequeno grupo que pensará só nele e tudo para ele. E diante disso, o governo federal precisa dar condições do produtor rural, principalmente o pequeno, de ter poder para ditar o preço do seu produto, além de oportunidade simplificada para obter notas fiscais e afins, e facilidades para adquirir ferramentas para produção e escoamento da atividade fim. A agricultura de subsistência bem cuidada e desenvolvida, com certeza, se transforma em agricultura comercial se o governo ajudar e ficar perto dos mais vulneráveis. O lucro é bem-vindo a todos, ainda mais pelo mérito.
As cidades dependem do produto da roça, e se não der proteção e estímulo ao nosso amado “caipira” no bom sentido da palavra, o campo se urbaniza e importaremos alimento para sobreviver.

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