O Mossad(serviço secreto israelense) participou ativamente pela derrubada do governo Dilma Rousseff, com anuência de Barack Obama.

Por Thierry Meyssan – voltairenet.org e canaltech.com.br – editado p/Cimberley Cáspio
Os espiões estavam infiltrados no seio do Banco Central, na segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e no Senado (2016).



A presidente Dilma Rousseff durante Jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na última segunda-feira
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidente Dilma Rousseff durante Jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama – Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Durante entrevista coletiva concedida em setembro de 2013 em São Petersburgo, na Rússia, a então presidente Dilma Rousseff disse que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “assumiu a responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem”.
A declaração foi realizada após a presidente participar da reunião de cúpula do G20, onde teve a oportunidade de conversar pessoalmente com Obama à porta fechadas, e as palavras foram publicadas no Twitter oficial do Palácio do Planalto. Dilma também disse que o presidente norte-americano havia se comprometido a dar respostas oficiais sobre o monitoramento das comunicações brasileiras.
Desde que documentos que apontavam o direcionamento do programa de espionagem focado na presidente do Brasil e seus assessores vieram a público, o governo brasileiro se mostrou indignado com a situação. “Irei à ONU propor uma nova governança contra invasão de privacidade”, disse Dilma à época.
A presidente também disse que a viagem dela para Washington, dependeria das condições políticas que o presidente norte-americano criasse. “A minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama”.


Dilma Rousseff e Barack Obama

Dilma Rousseff e Barack Obama se cumprimentam na chegada da reunião do G20, em São Petersburgo, na Rússia. (Foto: Grigory Dukor/Reuters)
Nesse tempo, uma matéria exibida pelo programa “Fantástico”, da TV Globo, gerou uma série de discussões após indicar que, entre os documentos divulgados por Edward Snowden, estava uma prova de que a presidente Dilma Rousseff e seus assessores foram alvos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) através de operações praticadas por espiões israelitas.
Desde então, uma série de reuniões com ministros foram convocadas pela presidente, e medidas foram adotadas para evitar esse tipo de invasão no futuro. Apesar de ter manifestado publicamente sua opinião de que a situação era “inadmissível e inaceitável”, o governo brasileiro ainda não havia conversado diretamente com o representante maior dos Estados Unidos.
Internamente, uma das medidas exigidas por Dilma foi o fortalecimento da rede interna de comunicação do governo, pois muitos de seus auxiliares ainda utilizavam serviços vulneráveis para tratar de assuntos estatais. “Tem gente que manda e-mail pelo Gmail, com cópia para o Obama”, disse no período o então ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
E para reforçar a proteção de dados dos brasileiros, o Marco Civil da Internet também deveria ganhar um novo texto dizendo que qualquer empresa que cooperasse com esquemas de espionagem de outros países teria sua licença cassada. “Podendo ser banco ou empresa de telefonia”, disse Bernardo.
O ministro foi um dos que demonstrou mais indignação com o caso e, principalmente, com a falta de posicionamento dos Estados Unidos. “Isso é espionagem de caráter comercial, industrial, é interesse [dos Estados Unidos] em saber questões sobre o pré-sal e outras de peso econômico e comercial. Portanto, é mais grave do que parecia à primeira vista”, disse Bernardo.
Mas, apesar de todo o transtorno gerado pelas denúncias de espionagem norte-americana, o ministro ainda acreditou na possibilidade de resolver tudo tranquilamente. “O que o governo fez, pediu explicações, o que foi considerado adequado. Nós somos amigos, temos relações diplomáticas há 200 anos, e a diplomacia é o caminho para resolver isso”, completou.
Muito embora toda coordenação de inteligência contra o governo brasileiro e o seu alto escalão estivesse sob a gerência da NSA, as operações aqui no Brasil, foram desenvolvidas pelo Mossad. E o amigo de 200 anos mandou Dilma pra escanteio.
canaltech.com.br/espionagem/Obama-assume-a-responsabilidade-por-espionagem-da-presidente-Dilma-Rousseff/
oglobo.globo.com/brasil/wikileaks-eua-espionaram-29-telefones-do-governo-dilma-ate-do-aviao-presidencial-16663121

Comentários