Por Cimberley Cáspio

Rangers do Exército dos Estados Unidos saltam de paraquedas em Granada durante a Operação Fúria – 25 de outubro de 1983


Com a guerra que ora acontece no país, com os vazamentos do Intercep-Brasil atacando com intensidade o governo de Jair Bolsonaro, e parte do judiciário disposto a libertar Lula, os EUA terão que atacar à Venezuela já. Pergunta: o que os EUA tem a ver com isso? Se a esquerda voltar ao poder, o Brasil vai ser um passeio para a China e a Rússia. E é tudo que os EUA não vão permitir. Se para o governo americano a Venezuela não dá pra engolir sapo, imagine então o Brasil, a cereja do bolo.
Com a volta da esquerda ao poder no Brasil, a geopolítica americana na América Latina que já está sob séria ameaça, ficará ainda pior. A guerra comercial entre os EUA e a China está em andamento, e os ânimos entre essas nações estão acirrados, e Trump, vai ter que agir. É agora ou nunca. O petróleo venezuelano e as riquezas de matérias-primas brasileiras não podem cair em mãos inimigas.
É importante salientar que interesses muito mais poderosos do que muitos brasileiros enxergam correm por fora sem que uma grande parte não tenha a mínima noção das consequências externas que podem acontecer nesse embate de quintal entre os agentes de esquerda contra a soberania brasileira e diretamente o interesse geopolítico americano.
E derrubar o atual governo da Venezuela, agora passa a ser prioridade. Ao mesmo tempo em que criará indiretamente um aviso à Coréia do Norte e Irã, poderá também funcionar para desestimular qualquer ânimo de desenterrar o socialismo no Brasil, e quem sabe, impor temor em políticos e juízes a favor de libertar Lula e remover Bolsonaro do poder.
Segundo Glenn Greenwald, responsável pelo Intercept, os ataques ao Ministro Sério Moro ainda está só no começo. Pode até ser que as intenções de Glenn sejam realmente de se fazer justiça, segundo ele. Mas sendo ele um jornalista experiente, não está vendo que suas ações de favorecer a libertação de Lula, o põe em rota de colisão com interesses geopolíticos americanos? ” Jornalista que não quer correr riscos, deve escolher outra profissão”, declarou Greenwald em entrevista. Não concordo totalmente, pois os riscos devem ser medidos e avaliados. Ser correspondente de guerra é uma coisa, mas abrir caminho geopolítico para a China e a Rússia contrariando a política americana para à América Latina, não é você estar ali contando a história de uma guerra em tempo real. É bem diferente. Fazer jornalismo é uma coisa e missão kamikaze é outra.
Com o seu ataque ao governo brasileiro, Glenn está atraindo grande quantidade de simpatizantes à sua ação, e de modo simultâneo como ele não está medindo as consequências, não acredito que possa ganhar novamente o Prêmio Pulitzer, se essa for a sua intenção real; é até possível que o tiro possa sair pela culatra. Será que ele se esqueceu do grupo Bilderberg? Ele é só um jornalista.
E jornalista pode fazer a diferença, mudar alguma coisa? Em alguns casos sim, mas em relação as denúncias de Edward Snowden? Mudou alguma coisa? Nada mudou. Snowden é que se prejudicou e se condenou perpetuamente. E a geopolítica americana segue o seu programa.
Enquanto Glenn ganhou o Prêmio Pulitzer, tem hoje liberdade restrita e vigiada no exterior, Snowden, a prisão perpétua em Moscou.
E jornalista pode fazer a diferença, mudar alguma coisa? Em alguns casos sim, mas em relação as denúncias de Edward Snowden? Mudou alguma coisa? Nada mudou. Snowden é que se prejudicou e se condenou perpetuamente. E a geopolítica americana segue o seu programa.
Enquanto Glenn ganhou o Prêmio Pulitzer, tem hoje liberdade restrita e vigiada no exterior, Snowden, a prisão perpétua em Moscou.
Bem, o gênio saiu da garrafa e faz-se necessário recolher o gênio de volta à garrafa, e o governo americano sabe muito bem como fazer, fez em Granada em 1983, e agora, graças a Glenn Greenwald, a primeira vítima será Maduro, e com as forças americanas estacionadas diretamente na fronteira, restará saber quais membros da política e do judiciário brasileiro vão topar medir força com uma superpotência.
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