Por Revista Sputnik

O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, acusou o atual presidente equatoriano, Lenín Moreno, de suspender o asilo do ciberativista Julian Assange para conseguir um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Correa afirmou à Sputnik que há evidências do acordo e que Moreno prometeu “entregar” Assange em uma reunião de 2017 com Paul Manafort, ex-chefe de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump.
O ex-presidente Correa, que rompeu com Moreno, também comentou sobre as visitas feitas ao Equador pelo vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence.
Nessas ocasiões, Moreno teria prometido “ajudar a isolar a Venezuela, deixar a corporação petroleira Chevron, uma empresa que destruiu metade da floresta amazônica, impune e entregar Assange”.
No mês passado, o FMI anunciou a aprovação de um empréstimo para o Equador de US$ 4,2 bilhões. A primeira parcela, de US$ 652 milhões, já foi paga.
Correa suspeita que o presidente equatoriano tomou a decisão de retirar o asilo de Assange depois que o WikiLeaks publicou documentos sobre o alegado relacionamento de Moreno com uma empresa de fachada, a INA Papers.
O ex-presidente apontou que a empresa INA Papers foi registrada em 2012, quando Moreno ainda era seu vice-presidente, e quando no governo “nós lutamos a nível mundial contra os paraísos fiscais”.
O ex-presidente apontou que a empresa INA Papers foi registrada em 2012, quando Moreno ainda era seu vice-presidente, e quando no governo “nós lutamos a nível mundial contra os paraísos fiscais”.
Assange continuará por videoconferência os procedimentos para a próxima audiência de extradição, marcada para 2 de maio.
Será uma sessão preliminar de um processo judicial que pode durar meses ou até anos.
Por outro lado, a deputada democrata dos Estados Unidos, Tulsi Gabbard, em um comunicado disse que “a prisão de Julian Assange tem como objetivo enviar uma mensagem a todos os americanos e jornalistas: fiquem quietos, se comportem, andem na linha. Ou vocês vão pagar o preço”, disse Gabbard através de sua conta no Twitter.
The arrest of #JulianAssange is meant to send a message to all Americans and journalists: be quiet, behave, toe the line. Or you will pay the price.— Tulsi Gabbard (@TulsiGabbard) April 11, 2019
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