Por Hannah Levitt-Bloomberg
Na esteira da crise econômica, Paul Volcker chamou os caixas eletrônicos de última geração de inovações financeiras que melhoraram a sociedade. Uma década depois, sua popularidade está diminuindo.
O número de caixas eletrônicos em todo o mundo caiu pela primeira vez no ano passado, com os bancos fechando filiais e redirecionando recursos para pagamentos digitais, informou a consultoria RBR em um estudo divulgado na segunda-feira. Os declínios em quatro dos cinco maiores mercados do mundo – China, EUA, Japão e Brasil – levaram a queda de 1% nos caixas eletrônicos em 2018. Na quinta, Índia , “o crescimento desacelerou consideravelmente”, disse a RBR, com sede em Londres.
Os clientes do banco estão recorrendo cada vez mais a seus telefones celulares para serviços financeiros rotineiros e se afastando do dinheiro em favor dos cartões de crédito e débito. O JPMorgan Chase & Co. , o maior banco dos EUA, reduziu suas filiais em 2% no ano passado, ao mesmo tempo em que destinou US $ 10,8 bilhões para a tecnologia. O credor viu um aumento de 5% em clientes digitais ativos e um ganho de 11% em clientes móveis ativos.
Enquanto a contagem mundial de caixas eletrônicos caiu pela primeira vez, a mudança para longe das máquinas não é um fenômeno novo. O Bank of America cortou seus caixas eletrônicos em 2012, e o JPMorgan fez o mesmoem 2015. O declínio pode prejudicar fabricantes como a NCR Corp. e a Diebold Nixdorf Inc.
Ainda assim, nem todo ano haverá uma queda como no ano passado. O crescimento nos caixas eletrônicos nos mercados em desenvolvimento desacelerará o declínio, de acordo com a RBR. A empresa espera que o número global de máquinas bancárias caia apenas 0,6% nos próximos seis anos.
“Iniciativas de inclusão financeira continuam impulsionando o crescimento de ATMs em mercados em desenvolvimento na Ásia-Pacífico, Oriente Médio e África e na América Latina”, disse a RBR em um comunicado.
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