A doutrinação ideológica de esquerda nas universidades brasileiras.

Por Camila Moreira – Quora.com
[Imagem: Trote-de-alunos-da-Universidade-Federal-...70x599.jpg]
O trote permanece forte no Brasil. Apesar dos episódios violentos e humilhantes registrados todos os anos, nem universidades nem sociedade se empenham para acabar com a prática – Imagem:.revistaforum.com.br 
Após 5 anos de graduação e quase 2 de mestrado dentro de um departamento de humanas, a maior parcela parte mais dos alunos do que dos professores. Por mais que 99,9% dos professores sejam de esquerda e coloquem filtro “lula livre” em seus perfis de facebook, o que rola são no máximo comentários esparsos na sala de aula. 
Na minha experiência, já vi em aberturas de congresso professores criticando e dizendo que “é hora da universidade brasileira lutar contra esse governo golpista..”. Como uma pessoa de direita eu considero isso extremamente desnecessário, até mesmo por ocorrer em congressos que nem sequer tratam de questões sociais (sou da área de linguística).
Agora, por mais que eu não tenha visto nada grave na minha área dentro da sala de aula, sei de outras pessoas que foram constrangidas por professores de outros cursos. No meu caso, acho que o que contribui pra ausência de casos mais graves é o fato de todo mundo ali já ser abertamente de esquerda. Os poucos alunos de direita ficam extremamente calados por saberem que não há qualquer espaço pra eles. Eu mesma já fui constrangida por colegas mulheres por ter ousado discordar do feminismo. E a reação dessa galera dos coletivos é violenta. Tem vários vídeos na internet mostrando reações violentas partindo desses grupos quando chega alguém de direita pedindo pra falar. Assim como um dos primeiros comentários desse post (o do colega de sociais/ufpr), já na semana do calouro esses grupos de alunos começam a agir e recrutar novos membros para seus movimentos. E sim: qualquer pessoa que discorde sofre represália. Se você quer se enturmar com a galerinha no centro acadêmico tem que aderir ao movimento/crenças deles. Caso contrário…
Querem um exemplo? Nas eleições do ano passado uma professora (super criticada por ser de direita) teve dados e informações pessoais divulgadas nas redes sociais junto a um texto falando o quão absurdo era uma pessoa do meio acadêmico não oferecer apoio na “luta” contra o fascismo e bla bla bla. Depois que a treta escambou vários alunos que haviam compartilhado o textão correram para apagar, mas isso não muda o fato de ter havido perseguição ideológica. A questão é que essa professora nem sequer havia declarado voto na oposição (segundo turno), ela simplesmente disse que ia se abster e não votar em ninguém.
Enfim, acho que essa questão de doutrinação tem sido muito relacionada aos professores, mas como falei: pelo que percebo são os alunos (veteranos) que participam mais ativamente disso. Tanto que só de ouvir você comentar com alguém sobre suas visões discordantes já é suficiente pra atrair olhares tortos.

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