Por que gastar do meu dinheiro se posso gastar do seu e ainda não te pagar?

Por Cimberley Cáspio
O governo tem constantemente usado dinheiro do povo e do trabalhador brasileiro como por exemplo o FI-FGTS e a poupança para investimento, diz o governo que é para investimento, que seja. Mas em momento nenhum o trabalhador brasileiro teve ou tem participação nesses investimentos, muitos deles privados, como por exemplo, a ferrovia Norte-Sul, a qual, pertence a Vale, Mitsui e Brookfield.
E a receita destinada ao setor de transporte, não cobre os investimentos? Por que não usa as receitas de aposentadoria e fundos de pensão do Congresso Nacional? E as receitas oriundas dos bancos? Tem sempre que ser dinheiro do povo. Do trabalhador brasileiro. 
Até receita da Previdência tem sido desviada para cobrir rombo praticado por eles.A causa desse rombos, imaginamos, mas dificilmente teremos certeza. Mas em momento nenhum, o dinheiro desviado do INSS, volta ao caixa da instituição. E aí, quem tem que cobrir o mal feito? Nem precisam responder.
Todo resultado negativo no orçamento do governo, seja ele federal, estadual ou municipal, é o dinheiro do trabalhador brasileiro que tem que cobrir. 
Nas empresas estatais construídas com o dinheiro da classe trabalhadora, como por exemplo, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, Eletrobras, etc, além de muitas outras empresas públicas estaduais, todas, eu digo todas, construídas com dinheiro público, onde o povo custeou todos esses investimentos, o povo brasileiro não tem sequer participação econômica nenhuma.
Outro caso: governos federal, estadual e municipal, também de tempos em tempos renovam a frota de veículos, inclusive a justiça. Veículos comprados com dinheiro público, dinheiro do trabalhador brasileiro. E na renovação, por que não doar os veículos substituídos ao povo? Afinal, foi ele que pagou. Não! Preferem na maioria das vezes, deixar os veículos substituídos em um terreno baldio, até serem todos destruídos pelo tempo, como estamos cansados de ver. Uma milionária destruição material sem sentido algum. Quer dizer, veículos públicos abandonados em terrenos baldios e desgastados pelo tempo, e quem pagou por ele, o povo brasileiro, não pode tê-lo. Caso queira ser proprietário de algum, ainda terá que pagar ao governo, e pagar caro.

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Pneus vazios e acúmulo de poeira comprovam o estado de abandono dos veículos na sede do Incra (Foto: Reprodução/TV Tapajós)


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veículos públicos abandonados ao tempo
A gente vê pelo Brasil, não só veículos, como também materiais de construção abandonados e do mesmo modo desgastados pelo tempo. Resultado de alguma obra pública que começou, e por algum motivo obscuro, virou elefante branco. E tudo mais ficou largado na área que antes deveria ser o canteiro de obras, ou, ao lado das estradas; alguns quase ou já totalmente cobertos pelo mato. Mas doar para o povo, esquece; e se por acaso alguém se achar no direito de tomar para si, algum material ali abandonado, com certeza, será preso e processado por roubo.

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Manilhas abandonadas há anos em beira de estrada.
Tomar dinheiro alheio sem autorização do dono não é roubo? Ou, na melhor das hipóteses, apropriação indébita?

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