Por Cimberley Cáspio

Os debates sobre a reforma da Previdência, mostram claramente uma divisão de classes no Brasil de forma indiscriminada. Alguns grupos se acham privilegiados e querem estar fora do projeto, como uma espécie de brasileiros de primeira classe: os que estudaram muito; que fizeram concurso; os apadrinhados do sistema, e os indicados por pessoas influentes ou autoridades. Todos querendo manter os privilégios e que tudo fique como está. Até aí tudo bem se todos os brasileiros desfrutassem dos mesmos privilégios, mas a história é bem diferente.
Já, os brasileiros de segunda classe, são os brasileiros que comem na mesa dos brasileiros de primeira classe e mantém a lei do silêncio, afinal, ninguém quer ser jogado sob o sol do Saara social.
Bem, os brasileiros de terceira classe, esses sim, os pobres e os extremamente pobres; considerado pelos demais como o estorvo social, só não são descartáveis porque se precisa dos votos durante campanhas eleitorais. E a esses, o rigor da lei; a regra mais desumana de Previdência que se possa dar, e se quiserem aumentar o salário mínimo da aposentadoria, penso eu que nos bastidores da política deva-se pensar assim, que façam filhos e se cadastrem no bolsa-família.
A Previdência Social brasileira é um instituto claro de discriminação social; um apartheid descarado. Que funciona mesmo sob proibição constitucional de discriminação.
Não há um apartheid mascarado no país, mas sim, um apartheid claro e descarado por parte da nobreza sobre a plebe.
Sendo assim, as diferentes formas de aposentadorias vão continuar. Os brasileiros de primeira classe, e os brasileiros de segunda classe, desfrutando do melhor que a vida tem; e o enterro dos ossos, fica para os brasileiros de terceira classe. Aqueles que não tiveram oportunidade, ou, aqueles que não conseguiram chegar por algum motivo e ficaram para trás.
Trabalhar muito, muito, e se aposentar com um mínimo, isto é, se conseguirem se aposentar, o que muitos brasileiros tem extrema dificuldade e alguns, jamais conseguem. Isso, dentro do seu próprio país.
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