Por Cimberley Cáspio
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Governo e justiça vem aplicando multas de forma universal. São situações diversas. Não quero falar aqui só de Brumadinho, Mariana, etc. A questão é que em sentido nenhum, a população sente qualquer sinal de benefício público ou coletivo, e até mesmo social gerado pelas multas cobradas, inclusive multas milionárias. Pra onde vão? Aonde estão? Administradas por quem? Qual o montante de multas arrecadadas nos anos anteriores pelo governo, justiça e outros órgãos? Qual a receita total anual arrecadada de forma universal? Disso ninguém fala nada. Sabemos dos valores cobrados, quer dizer, quando são divulgados. Mas não sabemos o montante geral.
A SAMARCO recebeu multas milionárias pelo desastre em 2015, mas as vítimas não receberam qualquer tipo de indenização. Há algo errado. O que está acontecendo? Pra onde foram essas multas milionárias?
Não faria a crítica se a população se beneficiasse diretamente das multas, eu disse diretamente, e não indiretamente. E o que assistimos, é uma corrida de diversos setores oficiais para cada um levar a sua parte de uma multa milionária, por exemplo, na tragédia de Brumadinho. Acho que as autoridades dos diversos setores oficiais, correm com muita alegria para cada um cobrar e levar o seu quinhão milionário como se fosse o estouro da boiada. Divulga-se a cobrança e o valor da multa, depois disso, ninguém sabe pra onde ela vai.
Por que tanta pressa de que o Exército Israelense saia do Brasil? Politização do desastre, ou querem esconder algo maior, e a presença internacional seria perigosa em observações indevidas?
O festival de multas já é uma prática nacional, mas quando acontece um desastre como nas proporções de Brumadinho, que setor público oficial ou autarquia autorizados a multar resiste? O estouro da boiada é geral em cima da infelicidade, que vai gerar felicidade aquele que levar uma parte de uma multa milionária. Claro que alguns setores públicos ou autarquias, ficam tristes por não poder multar na casa dos bilhões, mas podendo multar na casa do milhões já estará de bom tamanho.
E o montante arrecadado de multas em Brumadinho, é suficiente para esperar até o próximo desastre. Afinal de contas, ninguém será culpado mesmo, pois o decreto sancionado por Dilma Rousseff, quando presidente, de que rompimento de barragem é desastre natural, garante a continuidade do ciclo; ninguém será punido, com exceção das vítimas azaradas, descartáveis, que em nada acrescentariam mesmo; e pra quem botou a mão nas multas, é só festejar.
E claro que as autoridades não querem desastre constante, ficaria muito na cara. Mas de 2 ou de 3 em 3 anos, garante a alegria dos que podem multar, ainda mais sendo multas significativas. O único cuidado que se deve tomar, é não admitir autoridades estrangeiras no local para não correr risco da coisa ser descoberta.
A morte e a desgraça de muitos pela orgia e felicidade de poucos. Já, já, isso tudo vai passar, o assunto será abafado, e a mídia vai se concentrar em outros focos de notícias. Brumadinho será página virada. Quem morreu, morreu, quem perdeu perdeu, e quem sobreviveu vai viver para continuar pagando taxas e impostos.
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