Por Cimberley Cáspio
![[Imagem: ganancia2.jpg?resize=298%2C300&ssl=1]](https://i1.wp.com/thoth3126.com.br/wp-content/uploads/2013/05/ganancia2.jpg?resize=298%2C300&ssl=1)
Para o cidadão acessar a sua conta bancária e até mesmo realizar saques, como todos sabem, é preciso senhas. Mas, como que algumas companhias de seguro e até mesmo de previdência privada conseguem entrar na conta do cidadão e saca valores de serviços que nunca foram contratados?
Bem, a partir daí, começa uma via-crúcis do cliente para estornar o que foi sacado indevidamente. Primeiro, liga para o banco avisando do problema. O funcionário do banco ou gerente, seja lá quem for, ao invés de resolver o problema ali mesmo, por pura perversidade fornece ao cidadão o 0800 da empresa ou empresas, que entraram indevidamente na conta do reclamante. O cidadão liga para o 0800 e depois de um longo tempo ouvindo uma musiquinha, alguém atende. O cidadão explica o ocorrido ao atendente, é obrigado a fornecer número de CPF, número da conta e agência. A partir daí, o atendente informa que a reclamação foi aceita e o estorno se fará no máximo em 5 dias.
Perguntas:
Por que fornecer dados pessoais se nunca contratou o serviço?
Como que tais empresas tem livre acesso a conta do cliente sem nenhum vínculo contratual, quando ao próprio titular da conta, é exigido senhas?
Por que o banco e a justiça ainda permitem essa prática ilegal tão antiga e já muito comum?
E quando o cliente está em trânsito, comprando, pagando com cartão e por uma situação dessa, sem o cidadão saber, a conta do cliente ficou negativa, como fica o constrangimento na hora de passar o cartão ao ser informado pelo atendente da loja sobre a impossibilidade do pagamento pelo cartão, sabendo o cliente que tem dinheiro na conta? Acontecendo em pleno domingo ou um feriado nacional por exemplo?
Por que esperar o estorno no máximo em 5 dias se o saque indevido foi realizado, sei lá, em segundos?
Quem é o responsável pelas contas individuais na agência? Não é o gerente da agência?
Do lado de fora do banco é uma cerca intransponível e do lado de dentro uma festa? Todo mundo tem acesso a tudo?
Sei que nada é seguro. A insegurança é geral. Mas ter dinheiro em banco não é seguro. Para o titular da conta, tudo é exigido; mas do banco para dentro, qualquer conta bancária é alvo fácil.
O sistema agindo dessa forma, obrigará o cidadão trabalhar o seu dinheiro da forma mais informal possível. E se isso é crime, na real, quem é o criminoso nessa história? Quem quer proteger o seu bem que conquistou com o trabalho, ou, corporações que entram indevidamente em contas particulares e ainda sacam valores muitas vezes significativos?
Você tem um compromisso, sabe que tem dinheiro, e no ato do pagamento é informado que não há saldo positivo, ou, passa um cheque e o fornecedor lhe avisa que o cheque não tem fundos? Tudo bem, no máximo em 5 dias o dinheiro sacado indevidamente já estará na conta; você explica ao fornecedor, já falou com o gerente do banco, o qual se comprometeu que tudo estará solucionado, que não foi culpa sua e daí, põe o banco na justiça.
Depois de perder tempo indo e voltando à audiências no fórum, de repente todo o processo levando 3 meses ou mais, o cliente ganhou a questão, o banco foi condenado e o autor da demanda judicial vai levar aí, talvez, uns 4 mil reais ou um pouco mais. Só que no banco ninguém foi punido, e a prática ilegal continua, agora com outros clientes.
Melhor guardar o dinheiro em casa, será? Sendo o cidadão o único a saber onde está guardado o dinheiro, somente um azar de um ladrão inteligente pode ameaçá-lo. Seria isso dos males o menor?
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