Para Caracas, secretário de Estado dos EUA “emitiu ordens diretas aos governos subordinados a Washington” durante a reunião com presidente brasileiro e com chanceler Ernesto Araújo
Por Opera Mundi
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Ernesto Araujo participou de reunião com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, no Palácio do Itamaraty, em Brasília — Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Para Caracas, Pompeo “emitiu ordens diretas aos governos subordinados a Washington” durante a reunião com Bolsonaro e com o chanceler brasileiro Ernesto Araújo.
O governo da Venezuela condenou nesta quarta-feira (02/01) o que chamou de “atitude intervencionista” dos Estados Unidos e do Brasil, em referência à reunião que o presidente Jair Bolsonaro manteve com o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo nesta manhã.
“O Governo Bolivariano denuncia mais ante o mundo a descarada e reiterada intromissão da Administração Trump nos assuntos internos da Venezuela, acompanhada de chantagens e pressões a países da região, em aberta violação dos princípios mais elementares do direito internacional”, diz um comunicado divulgado pela chancelaria venezuelana.
A Venezuela diz que o governo norte-americano está “obsessivo” em forçar uma mudança de governo, e exigiu que Washington interrompa o bloqueio econômico e as sanções contra Caracas.
O encontro das novas autoridades brasileiras com Pompeo aconteceu em Brasília, para onde o norte-americano veio para assistir à posse de Bolsonaro. Brasil e EUA se comprometeram a construir uma cooperação mais intensa, no marco de um novo realinhamento do Itamaraty com Washington – e mudando o posicionamento brasileiro com relação a países como Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Leia íntegra do comunicado do governo da Venezuela:
O governo da República Bolivariana da Venezuela rechaça categoricamente a atitude intervencionista do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que, em outra de suas erráticas atuações, veio à América Latina emitir ordens diretas aos governos subordinados a Washington, com o objetivo de que se escalem suas agressões contra o Povo da Venezuela em seu obsessivo propósito de procurar uma mudança de regime pela força.
O Governo Bolivariano denuncia mais ante o mundo a descarada e reiterada intromissão da Administração Trump nos assuntos internos da Venezuela, acompanhada de chantagens e pressões a países da região, em aberta violação dos princípios mais elementares do Direito Internacional.
Ante as reiteradas e desesperadas ações ingerencistas imperialistas contra o Povo venezuelano, o governo da República Bolivariana da Venezuela recorda à elite supremacista governante nos Estados Unidos que a Venezuela é irrevogavelmente livre e independente, e por isso exige o devido respeito a sua soberania nacional, assim como o imediato levantamento do bloqueio econômico e das medidas coercitivas unilaterais contra a economia venezuelana, definidas pelo especialista independente do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas Alfredo de Zayas como flagrantes delitos de lesa humanidade.
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