Por Cimberley Cáspio
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Confusão e violência em estádio de futebol
Ficam dizendo por aí que nós, o povo brasileiro, é que pagamos o serviço público e os servidores públicos. Como pode ser isso se nunca vimos esse dinheiro e não temos acesso a ele? Sabemos que esse dinheiro existe. São milhões; bilhões; que os servidores públicos tem acesso e manipulam como querem. Mas nós, que dizem que somos os pagadores, não temos acesso; e podemos ser até presos se por acaso tivermos algum contato com esse dinheiro. Na verdade nos enrolam anos após anos.
A Bíblia diz que impostos é uma prática imposta a povos dominados e não a povos livres. E sendo assim, por que nos enganamos a nós mesmos nos fazendo de patrões e querendo exigir o que não temos direito e o que verdadeiramente não somos?
Os políticos riem de nós, talvez com razão. Até Tiririca gozou da cara de muita gente; pois havia falado várias vezes que iria largar a política, e depois na campanha, riu de nós dizendo que nos enganou e que era novamente candidato. Com que cara ficamos diante disso? A Justiça também desdenha. Quando será removido o pedágio da linha amarela bem no centro do Rio de Janeiro? Nunca! A Justiça serve ao povo? Com esse exemplo e tantos outros, temos certeza que não. Os advogados de defesa dos poderosos desprezam as ações e críticas populares. Em alguns casos, só pra não dizer que a Justiça não trabalha a favor do povo brasileiro, condena uma empresa ou outra a favor de um João ninguém que consegue aí uma indenização de 3 a 7 mil reais e fica feliz da vida, feliz mesmo. Incrível como tão pouco consegue convencer e eternizar uma mentira a ponto de desviar à atenção popular do maior bem, que é a liberdade nacional e o respeito real à cidadania.
Se pagamos impostos não somos livres. E ainda por cima, pagamos os maiores impostos e taxas do planeta; e queremos o que de volta por isso? Os políticos devem responder mais ou menos isso:” vocês tem vossas vidas poupadas devido o interesse em vossos votos em campanhas eleitorais, e por outro lado, damos um salário de miséria para o vosso sustento que para nós, os poderosos, nada significa, e um sistema de saúde que se reclamar muito, faremos igual aos EUA, tiramos a gratuidade e vocês que se danem.”
E os milhões, bilhões, pedras preciosas e matérias-primas que dizem que pertencem ao Brasil, ao povo brasileiro? Nunca vi e nunca veremos isso. Como disse,sabemos que existe e que está lá, ou, já estão longe, muito longe daqui. Mas quem os exportou? Não há satisfação. E se exigir satisfação, podemos ser processados ou até presos.
Poderosos estão presos? Alguns sim. Mas, insistindo na delação premiada, já, já, estarão em casa, presos domiciliarmente.
Se sou patrão, não tenho que ser motorista ou copeiro de político algum. Se sou patrão, não tenho que ser motorista ou copeiro de juiz ou desembargador algum.
Dignidade, honra, lindas palavras, somente palavras. A coisa é tão indigna que até no exterior, não há cordialidade entre brasileiros; evitam até se falar.Quem sabe, não queiram ser identificados como brasileiros e sofrerem toda sorte de ironias e passarem vergonha. Afinal, falar inglês é chic.
Há possibilidade de retomarmos os nossos bens e cidadania? Nunca! Enquanto amarmos os EUA, os feriadões, o futebol, carnaval, cerveja e churrasco na laje, na praia, e principalmente na casa deles, dos dominantes, continuaremos com cara de tacho, e merecedores de respeito nenhum.
Quer saber, sou um idiota. Permiti que me convencessem que a Constituição e as leis brasileiras eram instrumentos em favor da proteção da família e cidadania, mas tudo balela. Continuaremos pagando os maiores impostos e taxas do planeta e nunca seremos respeitados como cidadão. Nem mesmo no Timor-Leste.
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