Por Cimberley Cáspio
19.dez.2018 – Os deputados federais Rogério Corrêa (PT, de cabelos brancos) e Cabo Junio Amaral (PSL, de costas) trocam socos durante cerimônia de diplomação dos candidatos de MG eleitos em 2018 – Imagem: RAMON BITENCOURT/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
A política nacional já passou da linha mais baixa que poderia chegar. Quer dizer, está no fundo do poço.
Vergonha? Vergonha de quê? O errado passou a ser comum; e qualquer um que clamar e lutar pelo correto, com certeza será processado, condenado, e na pior das hipóteses, executado.
A Constituição e os Códigos de leis, se transformaram em balaios de confusão. Nem mesmo os juízes estão se entendendo. Como por exemplo, a decisão do ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, ontem à tarde, 19/12/2018, de soltar 192 mil presos, foi travada ontem à noite,19/12/2018, pelo seu colega Dias Toffoli. Quer dizer, tudo isso aconteceu em questão de horas. E casos idênticos e parecidos vem acontecendo nas Cortes de Justiça. Mas claro, isso só acontece quando interesses econômicos e políticos são ameaçados. E esse imbróglio em momento nenhum tem a ver com a defesa de uma pessoa pobre, um idoso, ou uma criança desamparada.
Sabemos que existem 2 tipos de leis: leis para ricos e leis para pobres. Pau que dá em Chico, nem sempre dá em Francisco. Há um apartheid legal e descaradamente discriminatório no país. Quer dizer, nem sempre a discriminação é uma violação. Depende da área em que é processada.
Já no Congresso Nacional e nas Câmaras Legislativas, estamos acostumados com o bate cabeça; mas nas Cortes de Justiça que seria o nosso último bastião, é caso de perder todas às esperanças e nos segurarmos com o que nos resta, enquanto caímos.

E independente de quem esteja certo ou errado, as instituições estão desmoronando, não lentamente, mas de forma acelerada.
E se a violência in natura é praticada por legisladores, inclusive os que ainda vão exercer tal cargo, não é de se esperar que tais pessoas possam ter um pensamento ideológico de pensar no bem comum. O que podemos imaginar que tais lutas sejam disputas por uma presa, ou até mesmo uma carniça. Mas pra que mesmo eles estão ali?
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