Por Nuestromar - Editado p/Cimberley Cáspio
![[Imagem: navios-no-porto-de-montevideo-uruguai-69232794.jpg]](https://thumbs.dreamstime.com/z/navios-no-porto-de-montevideo-uruguai-69232794.jpg)
Porto de Montevideo
Montevidéu é o segundo porto mais visitado do mundo por barcos de transbordo de pesca ilegal, não declarados e não regulamentados. Isto foi confirmado por um estudo de satélite realizado no ano passado pela Global Fishing Watch, a ONG fundada pelo Google e financiada pela fundação do ator Leonardo DiCaprio.
O porto de Okhotsk, o nome do primeiro assentamento do leste da Rússia, é o porto de maior ilegalidade da pesca. E Montevideo vem por causa da enorme quantidade de pesca que eles capturam sem declarar na zona exclusiva do mar argentino. Adicionando também grande quantidade de drogas.
![[Imagem: 5bf0ecf55c76e.jpeg]](https://sc2.elpais.com.uy/files/article_default_content/uploads/2018/11/18/5bf0ecf55c76e.jpeg)
O porto de Montevideo, é um porto incrivelmente aberto a toda ordem de ilegalidade, por isso, que grande quantidade de barcos asiáticos, como indonésios e chineses, atracam ali.
A fama que essa frota tem por praticar a pesca ilegal em todo o Atlântico Sul, e também a fama de usarem suas embarcações para o tráfico de drogas e seres humanos, faz com que sejam proibidos de atracarem em portos argentinos e neozelandês. E o porto de Montevideo, passou a ser o melhor local para transbordo e passagem de mercadorias ilícitas.
Uma frota de mais de 500 embarcações chinesas operam no Atlântico Sul, e mediante toda essa facilidade, a China está investindo pesado na região, construindo um megaporto de pesca, onde conseguiu do governo uruguaio uma zona franca, no oeste de Montevidéu. Os chineses já adquiriram 28 hectares de uma parcela em Punta Yeguas e estão avançando em seu plano de instalar sua base operacional e fornecer serviços de logística e manutenção a toda sua frota "pesqueira" que opera no Atlântico Sul, ou, seria também militar?
A empresa chinesa no Uruguai será chamada Zhongjin Puerto SA. A obra terá um píer de 800 metros de comprimento e 60 metros de largura. Incluirá uma amarração para barcos de até 50.000 toneladas. O porto chinês de megapesca, a oeste de Montevidéu, permitirá a livre operação, a pesca legal e potencialmente ilegal.
Enfim, pelo porto de Montevideo, é feito o transbordo de grande quantidade de peixes não declarados, cocaína, seres humanos, e 1 marinheiro morto a cada mês. O que se sabe da morte desses marinheiros asiáticos, é da condição sub-humana a que são expostos no interior das embarcações. Segundo os próprios tripulantes, é um trabalho análogo à escravidão, onde nem uma dor de dente é permitida. Caso de um marinheiro que morreu devido a infeccão dentária. Em hipótese nenhuma o capitão interrompeu a pesca para socorrer o marinheiro que estava sentindo dor no dente, e devido a demora no socorro, a infecção foi fulminante e o tripulante morreu.
A morte desses marinheiros, em que seus corpos chegam geralmente uma vez ao mês no porto de Montevideo, poderiam ser evitadas se no interior das embarcações houvesse o básico de produtos médicos e de primeiros socorros, o que não tem. Pior ainda proteção legal ou trabalhista.
O porto de Montevideo é um esconderijo marítimo na América do Sul para todo tipo de embarcações ilegais. Maus tratos e assédio sexual é a queixa mais comum no interior desses barcos.
O AIS (sistema de identificação automática) é a carta de apresentação dos navios. Todas as embarcações, cuja tonelagem bruta é maior que 300 toneladas, devem manter este procedimento de monitoramento ativado. Isso foi organizado pela Organização Marítima Internacional para melhorar a segurança da navegação. Mas obrigações são uma coisa e ações são outra.
1% dos barcos transmite uma identidade falsa. 19% daqueles que desligam o AIS o fazem para encobrir ilícitos. 44% dos navios de pesca chineses manipulam a posição GPS que transmite o AIS. Dados do Conector Marítimo, o maior portal de Internet sobre assuntos marítimos, revelam uma rede global de irregularidades. E o Uruguai é cúmplice de fato.
A ONG OceanoSanos surgiu com um experimento. Durante o mês de junho, seus pesquisadores revisaram as informações transmitidas pelos navios no porto de Montevidéu. Eles detectaram irregularidades a tal ponto que havia dois barcos com o mesmo nome presentes ao mesmo tempo no mesmo porto (Fu Yuan Yu F86).
Em outro caso, eles descobriram que havia barcos com a mesma placa, alguns que de repente mudaram seu nome de identificação no AIS, apesar de estarem no porto e outros que estavam diretamente atracados, mas sem identificação automática.
E o que mais incomoda, é que o gigante asiático terá uma "zona franca" que permitirá despachar navios sem interferência do Estado uruguaio, uma vantagem logística e comercial sem precedentes e uma atração para as frotas pesqueiras migratórias. Há muito tempo o Uruguai aproveita as vantagens que pode ter como nó regional e a China, as vantagens extraordinárias que oferece. Especialistas em questões pesqueiras têm alertado sobre a predação chinesa no mar argentino.
O Oceano Atlântico Sul é uma das regiões com maior biodiversidade marinha do planeta e o Acordo de Livre Comércio entre Uruguai e China geraria a depredação dos mares territoriais do Uruguai para a Antártida dando um toque de legalidade às atuais incursões ilegais dos pescadores chineses devastando a riqueza de peixes da região.
Deve-se lembrar, por sua vez, que o governo britânico concede licenças a embarcações chinesas, coreanas, espanholas e taiwanesas para pescar nas águas das Ilhas Malvinas sem obrigação de cumprir as normas ambientais e trabalhistas.
Na América Latina, alguns países têm se preocupado com o interesse chinês na área, especialmente Argentina e Peru, já que, em certos casos, a falta de controle faz do território marítimo da região uma oportunidade real de levar tudo que eles podem, desde que ninguém ou quase ninguém os observe.
Fontes: Net News - Take Urwicz/EL PAIS
![[Imagem: navios-no-porto-de-montevideo-uruguai-69232794.jpg]](https://thumbs.dreamstime.com/z/navios-no-porto-de-montevideo-uruguai-69232794.jpg)
Porto de Montevideo
Montevidéu é o segundo porto mais visitado do mundo por barcos de transbordo de pesca ilegal, não declarados e não regulamentados. Isto foi confirmado por um estudo de satélite realizado no ano passado pela Global Fishing Watch, a ONG fundada pelo Google e financiada pela fundação do ator Leonardo DiCaprio.
O porto de Okhotsk, o nome do primeiro assentamento do leste da Rússia, é o porto de maior ilegalidade da pesca. E Montevideo vem por causa da enorme quantidade de pesca que eles capturam sem declarar na zona exclusiva do mar argentino. Adicionando também grande quantidade de drogas.
![[Imagem: 5bf0ecf55c76e.jpeg]](https://sc2.elpais.com.uy/files/article_default_content/uploads/2018/11/18/5bf0ecf55c76e.jpeg)
O porto de Montevideo, é um porto incrivelmente aberto a toda ordem de ilegalidade, por isso, que grande quantidade de barcos asiáticos, como indonésios e chineses, atracam ali.
A fama que essa frota tem por praticar a pesca ilegal em todo o Atlântico Sul, e também a fama de usarem suas embarcações para o tráfico de drogas e seres humanos, faz com que sejam proibidos de atracarem em portos argentinos e neozelandês. E o porto de Montevideo, passou a ser o melhor local para transbordo e passagem de mercadorias ilícitas.
Uma frota de mais de 500 embarcações chinesas operam no Atlântico Sul, e mediante toda essa facilidade, a China está investindo pesado na região, construindo um megaporto de pesca, onde conseguiu do governo uruguaio uma zona franca, no oeste de Montevidéu. Os chineses já adquiriram 28 hectares de uma parcela em Punta Yeguas e estão avançando em seu plano de instalar sua base operacional e fornecer serviços de logística e manutenção a toda sua frota "pesqueira" que opera no Atlântico Sul, ou, seria também militar?
A empresa chinesa no Uruguai será chamada Zhongjin Puerto SA. A obra terá um píer de 800 metros de comprimento e 60 metros de largura. Incluirá uma amarração para barcos de até 50.000 toneladas. O porto chinês de megapesca, a oeste de Montevidéu, permitirá a livre operação, a pesca legal e potencialmente ilegal.
Enfim, pelo porto de Montevideo, é feito o transbordo de grande quantidade de peixes não declarados, cocaína, seres humanos, e 1 marinheiro morto a cada mês. O que se sabe da morte desses marinheiros asiáticos, é da condição sub-humana a que são expostos no interior das embarcações. Segundo os próprios tripulantes, é um trabalho análogo à escravidão, onde nem uma dor de dente é permitida. Caso de um marinheiro que morreu devido a infeccão dentária. Em hipótese nenhuma o capitão interrompeu a pesca para socorrer o marinheiro que estava sentindo dor no dente, e devido a demora no socorro, a infecção foi fulminante e o tripulante morreu.
A morte desses marinheiros, em que seus corpos chegam geralmente uma vez ao mês no porto de Montevideo, poderiam ser evitadas se no interior das embarcações houvesse o básico de produtos médicos e de primeiros socorros, o que não tem. Pior ainda proteção legal ou trabalhista.
O porto de Montevideo é um esconderijo marítimo na América do Sul para todo tipo de embarcações ilegais. Maus tratos e assédio sexual é a queixa mais comum no interior desses barcos.
O AIS (sistema de identificação automática) é a carta de apresentação dos navios. Todas as embarcações, cuja tonelagem bruta é maior que 300 toneladas, devem manter este procedimento de monitoramento ativado. Isso foi organizado pela Organização Marítima Internacional para melhorar a segurança da navegação. Mas obrigações são uma coisa e ações são outra.
1% dos barcos transmite uma identidade falsa. 19% daqueles que desligam o AIS o fazem para encobrir ilícitos. 44% dos navios de pesca chineses manipulam a posição GPS que transmite o AIS. Dados do Conector Marítimo, o maior portal de Internet sobre assuntos marítimos, revelam uma rede global de irregularidades. E o Uruguai é cúmplice de fato.
A ONG OceanoSanos surgiu com um experimento. Durante o mês de junho, seus pesquisadores revisaram as informações transmitidas pelos navios no porto de Montevidéu. Eles detectaram irregularidades a tal ponto que havia dois barcos com o mesmo nome presentes ao mesmo tempo no mesmo porto (Fu Yuan Yu F86).
Em outro caso, eles descobriram que havia barcos com a mesma placa, alguns que de repente mudaram seu nome de identificação no AIS, apesar de estarem no porto e outros que estavam diretamente atracados, mas sem identificação automática.
E o que mais incomoda, é que o gigante asiático terá uma "zona franca" que permitirá despachar navios sem interferência do Estado uruguaio, uma vantagem logística e comercial sem precedentes e uma atração para as frotas pesqueiras migratórias. Há muito tempo o Uruguai aproveita as vantagens que pode ter como nó regional e a China, as vantagens extraordinárias que oferece. Especialistas em questões pesqueiras têm alertado sobre a predação chinesa no mar argentino.
O Oceano Atlântico Sul é uma das regiões com maior biodiversidade marinha do planeta e o Acordo de Livre Comércio entre Uruguai e China geraria a depredação dos mares territoriais do Uruguai para a Antártida dando um toque de legalidade às atuais incursões ilegais dos pescadores chineses devastando a riqueza de peixes da região.
Deve-se lembrar, por sua vez, que o governo britânico concede licenças a embarcações chinesas, coreanas, espanholas e taiwanesas para pescar nas águas das Ilhas Malvinas sem obrigação de cumprir as normas ambientais e trabalhistas.
Na América Latina, alguns países têm se preocupado com o interesse chinês na área, especialmente Argentina e Peru, já que, em certos casos, a falta de controle faz do território marítimo da região uma oportunidade real de levar tudo que eles podem, desde que ninguém ou quase ninguém os observe.
Fontes: Net News - Take Urwicz/EL PAIS
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