O tempo prolongado na guerra pode seduzir?Pode criar uma espécie de vício?


Por Cimberley Cáspio

Somos um povo pacifista. Queremos a paz, não só para nós, quanto para nossos vizinhos. Mas, há povos que se adaptaram à guerra, e não conseguem viver muito tempo sem ela. E por mais que trabalhemos pela paz a favor desses povos, na verdade é chover no molhado.

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Fotomontagens- Ahmad Nabaz

Por uma questão de solidariedade, pode-se até trazer alguma família de um lugar de conflito para viver entre nós, e como aconteceu no Uruguai, depois de algum tempo, a família síria fez críticas à sua situação no país, e falando bem do país de origem, a Síria; dizendo por exemplo, que lá na Síria, mesmo sob conflito, era bem melhor de viver do que a vida que eles levavam no país sul-americano que os acolheu. Resultado: retornaram para o país de que tanto amam.

É possível o leão pastar como o boi e não querer mais sentir o sabor do sangue? É possível não mais se conseguir adaptar a uma vida pacífica? A convivência prolongada sob a guerra, pode influenciar uma forte atração por uma vida inconstante assim como as drogas influenciam e viciam?

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Bem, acredito que governos de países armamentistas devem pensar dessa forma, e nesse caso, preferem ganhar dinheiro vendendo armas para que eles se matem e depois tomarem suas riquezas, contando os lucros, ao invés de perderem tempo discutindo paz.

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À ONU, cabe esse papel. Ela vive e subsiste da conversa pacificadora, mas na verdade, é só pra inglês ver. Nos bastidores da Organização, o comércio deve rolar em números bilionários. Comércio de tudo, inclusive armas; que diga a OTAN.

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A guerra pode criar algum tipo de sedução? Claro. Sob a guerra, predomina a lei do mais forte, e a permissividade se abre para o vencedor, que toma os espólios e usa como quiser. Inclusive humano. Que passam a ser propriedade do conquistador.

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Dificilmente a razão social existe no meio de um sistema de conflito, e aí, a coisa funciona mais pelo impulso animal do que humano. E como seres humanos se adaptam a isso, é difícil para pessoas de um mundo pacifista compreender.

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EUA, Inglaterra e Israel, são países condenados a nunca poderem baixar suas armas, pois eles sabem o quanto são odiados, e também sabem que se baixarem suas armas, deixarão de existir. Sabem muito bem que na política não há moral; e são jogadores habilidosos na arte da diplomacia hipócrita e traiçoeira. São atores ativos em várias peças de guerra, onde os apertos de mãos em nada significaram e nada significará. Apenas hiatos para novos planejamentos de ações; em alguns casos, o "inimigo" já conhece o script e também faz parte do show. A população envolvida é a figuração do show, e muito embora o show seja feio, os recursos captados são pra lá de significativos; ganha do grande ao pequeno mais esperto que sabe se aproveitar da situação.

Organizações internacionais e ongs mais chegadas, faturam milhões em doações, quanto as questões de campos de refugiados, suprimentos, migrações, doenças e vacinas. E abençoadas sejam a morte de muitos, pois sem elas, o convencimento seria muito mais difícil ao lucro mórbido e malfadado.

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