O Project Coast: projeto do governo sul-africano que visava matar somente pessoas de pele negra no país nos anos 80.
Por http://informacaoincorrecta.com/2014/10/...ject-coas/ - Editado p/Cimberley Cáspio
O governo americano sabia. Mas não se sabe até onde foi o envolvimento.
![[Imagem: 1-14.jpg]](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tRFy8NGpKyA4L5LMmZuATrm4BMluEDa1UcJ69dO_e7RzYRDgun_FTQVG_SlYkvewKFV6CnwFRTbg4OHyRIycnB32p4_NZrJc6M8OQxystXgAkAE9HgijTPaHNk23Xa_KmlPM58Wg4=s0-d)
Dr. Wouter Basson
Na África do Sul, no início dos anos 80, o Dr. Wouter Basson lançou um programa secreto de armas biológicas, chamado Project Coast. O objetivo era desenvolver agentes biológicos e químicos que pudessem matar ou esterilizar somente a população negra e assassinar inimigos políticos. Entre os agentes desenvolvidos havia os vírus ebola e marburg.
Basson não trabalhava sozinho: a embaixada dos Estados Unidos em Pretoria ficou preocupada que o médico pudesse revelar as profundas conexões entre o Project Coast e Washington após o fim do apartheid.
Em 2013, Basson foi considerado culpado de “conduta não profissional” pelo conselho sanitário sul-africano.
A denúncia foi revelada no livro “Armas biológicas: desde a invenção de programas patrocinados pelo Estado ao bioterrorismo contemporâneo”, da especialista em armas biológicas Jeanne Guillemin.
Ao longo dos anos do desenvolvimento do projeto, entre 1982 e 1987, foi desenvolvida uma gama de agentes biológicos como Anthrax, cólera, ebola, o vírus marburg e a toxina botulínica.
O programa de armas biológicas de Basson terminou oficialmente em 1994, mas não houve verificação independente de que os agentes patogênicos criados fossem destruídos. A ordem de destruição foi dada diretamente pelo Dr. Basson e, como realçou o Wall Street Journal, “a integridade do processo fica baseada unicamente na honestidade do Dr. Basson”.
Basson afirmou ter tido contatos com agências ocidentais que forneceram “suporte ideológico” para o Project Coast. Numa entrevista acerca de uma reportagem sobre a Guerra do Anthrax, Basson afirmou ter encontrado várias vezes o Dr. David Kelly, conhecido inspetor da ONU no Iraque. Kelly era o principal especialista em armas biológicas do Reino Unido e foi encontrado morto perto da sua casa em Oxfordshire, em 2003: “suicídio” segundo a versão oficial, um veredito que não encontrou o consenso dos médicos.
Num artigo de 2007 do MailOnline é possível encontrar a notícia de que uma semana antes da sua morte, o Dr. Kelly teria sido interrogado pelo MI5 sobre as suas ligações com o Dr. Basson.
Na época, o Dr. Timothy Stamps, então ministro da Saúde do Zimbabwe, suspeitou que o seu País sofreu um ataque biológico relativo aos experimentos em que o laboratório de Basson estava trabalhando.
"Houve evidências muito claras de que não eram eventos naturais. Se foram causados por inoculação direta, intencional ou não, é uma questão que temos de verificar." Declarou o Dr. Timothy Stamps.
Stamps disse especificamente que os vírus ebola e marburg eram suspeitos, e que o seu País tenha sido utilizado como um teste.
"Falo de anthrax e cólera em particular, mas também um par de vírus que não são endêmicos no Zimbabwé, como o vírus ebola e também o vírus marburg.
Na ocasião o país estava um caos no qual se precipitou nos anos noventa, após a eleição de Robert Mugabe como presidente." Afirmou.
Stamps falou também de algumas epidemias na Rhodesia, segundo ele sempre obras das experimentações desenvolvidas na África do Sul. Em particular, o cólera, utilizado durante a guerra civil que varria o País.
O Ghanian Times, nos primeiros dias de Setembro, observava as ligações entre Basson e as pesquisas sobre armas biológicas:
Existem dois tipos de cientistas no mundo: aqueles tão preocupados com o sofrimento e a morte causados por doenças nos seres humanos, que até sacrificam a própria vida para tratar das doenças mortais, e aqueles que usam as suas habilidades científicas para matar os seres humanos sob ordens de um governo.
E é verdade, apesar de não serem ideias tão novas: em 1947, o microbiologista australiano Sir Macfarlane Burnet pediu secretamente ao governo australiano para desenvolver armas biológicas destinadas contra os “países superlotados do Sudeste da Ásia”. A ideia era estudar a possibilidade de atacar os alimentos no Sudeste da Ásia e da Indonésia por meio de agentes de guerra biológica. E obviamente Sir Burnet era um laureado Prêmio Nobel.
Fontes: Daily Mail, AllAfrica, The Age, Global Research
/mg.co.za/article/2012-03-27-wouter-basson-only-carried-out-orders
O governo americano sabia. Mas não se sabe até onde foi o envolvimento.
Dr. Wouter Basson
Na África do Sul, no início dos anos 80, o Dr. Wouter Basson lançou um programa secreto de armas biológicas, chamado Project Coast. O objetivo era desenvolver agentes biológicos e químicos que pudessem matar ou esterilizar somente a população negra e assassinar inimigos políticos. Entre os agentes desenvolvidos havia os vírus ebola e marburg.
Basson não trabalhava sozinho: a embaixada dos Estados Unidos em Pretoria ficou preocupada que o médico pudesse revelar as profundas conexões entre o Project Coast e Washington após o fim do apartheid.
Em 2013, Basson foi considerado culpado de “conduta não profissional” pelo conselho sanitário sul-africano.
A denúncia foi revelada no livro “Armas biológicas: desde a invenção de programas patrocinados pelo Estado ao bioterrorismo contemporâneo”, da especialista em armas biológicas Jeanne Guillemin.
Ao longo dos anos do desenvolvimento do projeto, entre 1982 e 1987, foi desenvolvida uma gama de agentes biológicos como Anthrax, cólera, ebola, o vírus marburg e a toxina botulínica.
O programa de armas biológicas de Basson terminou oficialmente em 1994, mas não houve verificação independente de que os agentes patogênicos criados fossem destruídos. A ordem de destruição foi dada diretamente pelo Dr. Basson e, como realçou o Wall Street Journal, “a integridade do processo fica baseada unicamente na honestidade do Dr. Basson”.
Basson afirmou ter tido contatos com agências ocidentais que forneceram “suporte ideológico” para o Project Coast. Numa entrevista acerca de uma reportagem sobre a Guerra do Anthrax, Basson afirmou ter encontrado várias vezes o Dr. David Kelly, conhecido inspetor da ONU no Iraque. Kelly era o principal especialista em armas biológicas do Reino Unido e foi encontrado morto perto da sua casa em Oxfordshire, em 2003: “suicídio” segundo a versão oficial, um veredito que não encontrou o consenso dos médicos.
Num artigo de 2007 do MailOnline é possível encontrar a notícia de que uma semana antes da sua morte, o Dr. Kelly teria sido interrogado pelo MI5 sobre as suas ligações com o Dr. Basson.
Na época, o Dr. Timothy Stamps, então ministro da Saúde do Zimbabwe, suspeitou que o seu País sofreu um ataque biológico relativo aos experimentos em que o laboratório de Basson estava trabalhando.
"Houve evidências muito claras de que não eram eventos naturais. Se foram causados por inoculação direta, intencional ou não, é uma questão que temos de verificar." Declarou o Dr. Timothy Stamps.
Stamps disse especificamente que os vírus ebola e marburg eram suspeitos, e que o seu País tenha sido utilizado como um teste.
"Falo de anthrax e cólera em particular, mas também um par de vírus que não são endêmicos no Zimbabwé, como o vírus ebola e também o vírus marburg.
Na ocasião o país estava um caos no qual se precipitou nos anos noventa, após a eleição de Robert Mugabe como presidente." Afirmou.
Stamps falou também de algumas epidemias na Rhodesia, segundo ele sempre obras das experimentações desenvolvidas na África do Sul. Em particular, o cólera, utilizado durante a guerra civil que varria o País.
O Ghanian Times, nos primeiros dias de Setembro, observava as ligações entre Basson e as pesquisas sobre armas biológicas:
Existem dois tipos de cientistas no mundo: aqueles tão preocupados com o sofrimento e a morte causados por doenças nos seres humanos, que até sacrificam a própria vida para tratar das doenças mortais, e aqueles que usam as suas habilidades científicas para matar os seres humanos sob ordens de um governo.
E é verdade, apesar de não serem ideias tão novas: em 1947, o microbiologista australiano Sir Macfarlane Burnet pediu secretamente ao governo australiano para desenvolver armas biológicas destinadas contra os “países superlotados do Sudeste da Ásia”. A ideia era estudar a possibilidade de atacar os alimentos no Sudeste da Ásia e da Indonésia por meio de agentes de guerra biológica. E obviamente Sir Burnet era um laureado Prêmio Nobel.
Fontes: Daily Mail, AllAfrica, The Age, Global Research
/mg.co.za/article/2012-03-27-wouter-basson-only-carried-out-orders
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