“O presente está chegando! Declarou Eduardo Bolsonaro ao vice primeiro-ministro da Itália Matteo Salvini"
Por Jornal do Brasil - Editado p/Cimberley Cáspio
![[Imagem: brasil-cesare-battisti-20171020-001.jpg?...ze=680,453]](https://abrilveja.files.wordpress.com/2017/10/brasil-cesare-battisti-20171020-001.jpg?quality=70&strip=info&resize=680,453)
Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália (Miguel Schincariol/AFP)
A eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como presidente do Brasil repercutiu no cenário político italiano e aumentou as expectativas no país sobre a eventual extradição de Cesare Battisti, que nesta segunda-feira (29) depende do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além do ministro do Interior e do vice-premier Matteo Salvini, aliados do governo italiano também celebraram o triunfo de um candidato nacionalista. "Parabéns e bom trabalho ao novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O vento identitário sopra além das fronteiras da Europa", escreveu no Twitter o ministro da Família Lorenzo Fontana, do partido ultranacionalista Liga, conhecido por dizer que "famílias gays não existem" e por defender a abolição da lei que pune propagandas nazifascistas.
Outro expoente da legenda, o senador Roberto Calderoli, afirmou que a vitória de Bolsonaro deve "finalmente tirar qualquer cobertura política e judiciária a Cesare Battisti e permitir aquela legítima e sacrossanta extradição adiada por muitos anos". "Agora o Brasil não tem mais desculpas: coloquem-no em um avião e despachem-no à Itália", disse.
Giorgia Meloni, presidente do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FDI), aliado da Liga, mas que não integra o governo, declarou que a esquerda está sendo "derrotada pela história em todo o planeta". "Finalmente os povos estão recuperando sua liberdade e soberania", escreveu Meloni no Facebook.
Mas houve também quem lamentasse a vitória de Bolsonaro. O ex-primeiro-ministro e hoje deputado Paolo Gentiloni, de centro-esquerda, disse que imagina um Brasil "maravilhoso e democrático". "Não quero vê-lo voltar atrás ao nacionalismo autoritário", afirmou.
Já o presidente do partido Federação Nacional dos Verdes, Angelo Bonelli, criticou a extrema direita italiana por exultar com a vitória de um candidato que "quer levar a Floresta Amazônica ao chão, declara guerra aos índios, diz que a ONU é um covil de comunistas, é contra os direitos da comunidade LGBT e é favorável à tortura".
"O único antídoto contra a direita xenófoba e racista é a cultura. Devemos trabalhar para uma política contra o populismo do ódio e do medo", completou.
Por outro lado, uma possível cooperação entre as áreas militar e comercial foi tema da conversa entre o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que telefonou ao eleito para parabenizá-lo pela vitória.
Por meio de sua conta no Twitter, Trump comentou o diálogo que teve neste domingo, 28, com Bolsonaro, destacando que os dois concordaram em "trabalhar juntos" nessas áreas. "Nós concordamos que Brasil e Estados Unidos vão trabalhar juntos em comércio, defesa e tudo o mais", escreveu o americano.
Trump classificou a conversa como "excelente", ao declarar que havia conversado com o presidente eleito do Brasil. "Tive uma conversa muito boa com o novo presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, que ganhou a disputa com uma margem substancial", disse em sua rede social.
No domingo, Bolsonaro já havia anunciado que Trump foi um dos líderes que telefonou para parabenizá-lo. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que, ao telefone, os dois demonstraram forte interesse de trabalhar "lado a lado".
Venezuela
As críticas ao governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, são um ponto em comum entre Bolsonaro e Trump. No ano passado, o presidente dos EUA chegou a falar sobre a possibilidade de uma ação militar no país, "se necessário".
Há cerca de dois meses, o líder americano voltou ao assunto e afirmou que "todas as opções estão sobre a mesa" para intervir na crise venezuelana, e que Maduro poderia ser derrubado rapidamente caso militares venezuelanos desejassem. Na ocasião, os EUA anunciaram sanções contra uma série de venezuelanos, incluindo a primeira-dama, Cilia Flores, e outros três colaboradores próximos a Maduro.
Bolsonaro, por sua vez, já afirmou que não pretende se relacionar com regimes como o da Venezuela e que tem restrições à China. O presidente eleito chegou a defender a instalação de um campo de refugiados em Roraima, na fronteira com o país vizinho.
Na área que fala sobre Relações Internacionais, o programa de governo de Bolsonaro defende aproximação com governos na América Latina com políticas "liberais" como Chile e Argentina, e promete deixar de "louvar ditaduras assassinas".
Assim como Trump, Maduro também telefonou para Bolsonaro e o parabenizou após a vitória nas urnas neste domingo.
http://www.jb.com.br/internacional/2018/...talia.html
http://www.jb.com.br/internacional/2018/...onaro.html
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