Por Cimberley Cáspio
![[Imagem: hanson_lead1.jpg?w=683&h=1024&am...=0,0,0,568]](https://foreignpolicymag.files.wordpress.com/2018/07/hanson_lead1.jpg?w=683&h=1024&crop=0,0,0,568)
Só uma vaca no pasto para sustentar um número populacional inviável para a capacidade de recurso do solitário animal. Assim, foi a PDVSA, companhia estatal de petróleo da Venezuela.
A vaca na verdade tinha necessidade de reproduzir, e para isso, seria necessário importar um reprodutor, mas o governo venezuelano criava dificuldades para tudo, e ao mesmo tempo não queria permitir o enriquecimento de parceiros estrangeiros através da PDVSA. O que ele queria? Solidariedade das companhias estrangeiras de petróleo?
E com a política do querendo tudo e não querendo dar nada para importantes parceiros que poderiam conduzir meios econômicos mais estáveis para à Venezuela, o abismo seria o caminho mais provável, e foi o que aconteceu.
O país se esfacelou, não por guerra ou calamidade natural e sim, por uma política egocêntrica e selvagem, em relação aos moldes governamentais mais estáveis. Roubo, roubo, e mais roubo.
A má vontade, ou podemos chamar de total incompetência nacional em saber lidar com o modal econômico do petróleo e administração de suas receitas, sem se preocupar na reprodução da vaca e diversificação dos pastos, transformou um bonito campo em uma área feia e fantasmagórica, gerando fuga geral provocando uma crise humanitária que ameaça engolir a região.
"A taxa de homicídios da Venezuela, entretanto, agora supera a de Honduras e El Salvador, que anteriormente tinham os níveis mais altos do mundo, de acordo com o Observatório da Violência da Venezuela. Os apagões são uma ocorrência quase diária, e muitas pessoas vivem sem água corrente. De acordo com relatos da mídia, crianças em idade escolar e trabalhadores de petróleo começaram a desmaiar de fome, e venezuelanos doentes vasculharam consultórios veterinários para medicina. A malária, o sarampo e a difteria voltaram com força total, e os milhões de venezuelanos que fugiram do país - mais de 4 milhões, segundo o International Crisis Group - estão espalhando as doenças na região, além de sobrecarregar recursos e boa vontade."
Muito embora a vaca, a PDVSA, esteja em estado crítico, ainda continua a produzir o leite, o petróleo, porém toda venda externa, o pagamento é confiscado pelo país comprador para compensar as dívidas do país caribenho, impedindo qualquer retorno financeiro. Quer dizer, se vender, não recebe. E nenhuma outra multinacional quer saber de qualquer vínculo com o governo de Maduro.
Já desesperado, não sei se o governo, ou o Exército da Venezuela de forma clandestina, também há denúncias de massacres realizados por forças oficiais, seja Exército ou polícia, a garimpeiros artesanais de ouro no estado de Bolívar, sul da Venezuela. Segundo declarações oficiais, o confisco do ouro é uma forma de compensar as perdas de receitas que o país vem sofrendo. Repetidos massacres, eu disse, massacres, vem acontecendo no município de Tumeremo.
![[Imagem: 2016-03-16t231146z_2118827743_gf10000348...ners_0.jpg]](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sdhvVnHekH7NTa69uq0AZQVY6DI4ZVy3X3IovVbhLI0h5ottJuQcuK4Aoow-jMkEgy5LXPolWQQXf2BFOkcT1nNMBjXswPNE7kl91sLebS1XyBY9e1dzahpSKV7igL6WY44vzcUupsM5A0CeNVlVqkNi2U171Q0zZOaGiWbiYDwyu8g9g1p24L3fF3nBl7xuKpggydlzf9AuOgj9ozyPJbp_-sN_3HKfF94mGsUbB9f5v1PA8updFfHBN1cTkPF85JS13pPixOHoz3Ksq7letVSxc=s0-d)
As sepulturas dos mineiros em Tumeremo, no estado de Bolívar, 16 de março de 2016./ Reuters
Bem, os EUA vão agora apertar ainda mais às sanções ao país caribenho; claro que o foco não é o povo, mas sim, estrangular o governo e forçar uma mudança. A questão é que essa corda não só aperta no pescoço oficial, mas também da população mais frágil e carente. E por outro lado, os países vizinhos nada tem a ver com o roubo da família de Maduro ao país, e não podem ser sobrecarregados.
E como diz um certo ditado: " o problema do futuro é quando ele se faz presente." E para à Venezuela, a única solução é desfazer tudo e começar do zero com gente nova, se tiver sorte pra isso. E o Brasil? Seguirá esse mesmo destino?
Link: veforeignpolicy.com/2018/07/16/how-venezuela-struck-it-poor-oil-energy-chavez/
![[Imagem: hanson_lead1.jpg?w=683&h=1024&am...=0,0,0,568]](https://foreignpolicymag.files.wordpress.com/2018/07/hanson_lead1.jpg?w=683&h=1024&crop=0,0,0,568)
Só uma vaca no pasto para sustentar um número populacional inviável para a capacidade de recurso do solitário animal. Assim, foi a PDVSA, companhia estatal de petróleo da Venezuela.
A vaca na verdade tinha necessidade de reproduzir, e para isso, seria necessário importar um reprodutor, mas o governo venezuelano criava dificuldades para tudo, e ao mesmo tempo não queria permitir o enriquecimento de parceiros estrangeiros através da PDVSA. O que ele queria? Solidariedade das companhias estrangeiras de petróleo?
E com a política do querendo tudo e não querendo dar nada para importantes parceiros que poderiam conduzir meios econômicos mais estáveis para à Venezuela, o abismo seria o caminho mais provável, e foi o que aconteceu.
O país se esfacelou, não por guerra ou calamidade natural e sim, por uma política egocêntrica e selvagem, em relação aos moldes governamentais mais estáveis. Roubo, roubo, e mais roubo.
A má vontade, ou podemos chamar de total incompetência nacional em saber lidar com o modal econômico do petróleo e administração de suas receitas, sem se preocupar na reprodução da vaca e diversificação dos pastos, transformou um bonito campo em uma área feia e fantasmagórica, gerando fuga geral provocando uma crise humanitária que ameaça engolir a região.
"A taxa de homicídios da Venezuela, entretanto, agora supera a de Honduras e El Salvador, que anteriormente tinham os níveis mais altos do mundo, de acordo com o Observatório da Violência da Venezuela. Os apagões são uma ocorrência quase diária, e muitas pessoas vivem sem água corrente. De acordo com relatos da mídia, crianças em idade escolar e trabalhadores de petróleo começaram a desmaiar de fome, e venezuelanos doentes vasculharam consultórios veterinários para medicina. A malária, o sarampo e a difteria voltaram com força total, e os milhões de venezuelanos que fugiram do país - mais de 4 milhões, segundo o International Crisis Group - estão espalhando as doenças na região, além de sobrecarregar recursos e boa vontade."
Muito embora a vaca, a PDVSA, esteja em estado crítico, ainda continua a produzir o leite, o petróleo, porém toda venda externa, o pagamento é confiscado pelo país comprador para compensar as dívidas do país caribenho, impedindo qualquer retorno financeiro. Quer dizer, se vender, não recebe. E nenhuma outra multinacional quer saber de qualquer vínculo com o governo de Maduro.
Já desesperado, não sei se o governo, ou o Exército da Venezuela de forma clandestina, também há denúncias de massacres realizados por forças oficiais, seja Exército ou polícia, a garimpeiros artesanais de ouro no estado de Bolívar, sul da Venezuela. Segundo declarações oficiais, o confisco do ouro é uma forma de compensar as perdas de receitas que o país vem sofrendo. Repetidos massacres, eu disse, massacres, vem acontecendo no município de Tumeremo.
As sepulturas dos mineiros em Tumeremo, no estado de Bolívar, 16 de março de 2016./ Reuters
Bem, os EUA vão agora apertar ainda mais às sanções ao país caribenho; claro que o foco não é o povo, mas sim, estrangular o governo e forçar uma mudança. A questão é que essa corda não só aperta no pescoço oficial, mas também da população mais frágil e carente. E por outro lado, os países vizinhos nada tem a ver com o roubo da família de Maduro ao país, e não podem ser sobrecarregados.
E como diz um certo ditado: " o problema do futuro é quando ele se faz presente." E para à Venezuela, a única solução é desfazer tudo e começar do zero com gente nova, se tiver sorte pra isso. E o Brasil? Seguirá esse mesmo destino?
Link: veforeignpolicy.com/2018/07/16/how-venezuela-struck-it-poor-oil-energy-chavez/
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