Por Época

Copenhague,capital da Dinamarca (Foto: Thinkstock)
A Dinamarca garante liberdade e condições para seus cidadãos e outros europeus conseguirem estudar sem carregar o peso de dívidas ou sofrer com a pressão de entrar na vida adulta imediatamente. No país, os estudantes recebem uma ajuda de custo mensal do governo e não pagam mensalidade. Um ótimo incentivo, certo? Não exatamente. Nos últimos anos, a Dinamarca viu o número de pessoas que prolongam seus estudos além do tempo necessário aumentar. Criou até um termo para descrevê-las: evighedsstuderende ("os eternos estudantes", em dinamarquês).
Segundo o Business Insider, trata-se de pessoas que permanecem nas faculdades por seis anos ou mais, sem planos de se formar, simplesmente porque não têm um incentivo financeiro para sair e parar de receber a ajuda do governo. Alguns dinamarqueses, principalmente cidadãos mais velhos, que já trabalharam, defendem que essa liberdade extra concedida pelo governo elimina o senso de urgência das pessoas com "vinte e poucos anos" para começarem a seguir uma profissão de fato.
Por anos, a Dinamarca tem contado com um programa que garante aos estudantes uma ajuda de custo mensal de US$ 1000 para cobrir as despesas básicas. Daniel Borup Jakobsen, recém-graduado que trabalha como VP da empresa de tecnologia Plecto, disse ao Business Insider que essa "bolsa" faz com que as pessoas permaneçam num estado apático.
Uma das medidas para tentar alterar esse estado de indiferença e aumentar o senso de urgência dos estudantes veio em 2015, quando o governo dinamarquês propôs e aprovou uma emenda que dá às universidade maior poder para pressionar estudantes a terminarem a graduação. Milhares de estudantes protestaram contra a medida, afirmando que era uma forma de remover suas liberdades.
Os defensores, porém, afirmaram que ela permitiria tornar o sistema universitário mais eficiente e, inclusive, retornar mais dinheiro à sociedade — a estimativa do governo era de US$ 266 milhões.
"Quando essa reforma no programa estudantil foi aprovada, os estudantes gastavam entre um ano e um ano e meio a mais do que deveriam", disse Søren Nedergaard, ministro de Educação e Ciência à revista The Atlantic. Segundo o ministro, a emenda reduziu a tendência dos alunos em se prolongarem na universidade, mas os "estudantes eternos" ainda marcam presença nos campi. Muitos ainda pegam um último ano extra de estudos, para fazer apenas algumas aulas e viajar ao exterior.
De todo modo, o ministro rejeitou a ideia de que o ensino gratuito é algo negativo — por gerar esse efeito de os estudantes demorarem para se formar. "Alguém que olha de fora pode se questionar se os estudantes que não pagam para estudar podem ficar tão motivados quanto aqueles que pagam. Minha impressão é que as duas coisas não estão correlacionadas. Tenho a crença que sua motivação para ser bem-sucedido nos estudos não está conectado com o fato de você pagar ou não por ele", disse.
Copenhague,capital da Dinamarca (Foto: Thinkstock)
A Dinamarca garante liberdade e condições para seus cidadãos e outros europeus conseguirem estudar sem carregar o peso de dívidas ou sofrer com a pressão de entrar na vida adulta imediatamente. No país, os estudantes recebem uma ajuda de custo mensal do governo e não pagam mensalidade. Um ótimo incentivo, certo? Não exatamente. Nos últimos anos, a Dinamarca viu o número de pessoas que prolongam seus estudos além do tempo necessário aumentar. Criou até um termo para descrevê-las: evighedsstuderende ("os eternos estudantes", em dinamarquês).
Segundo o Business Insider, trata-se de pessoas que permanecem nas faculdades por seis anos ou mais, sem planos de se formar, simplesmente porque não têm um incentivo financeiro para sair e parar de receber a ajuda do governo. Alguns dinamarqueses, principalmente cidadãos mais velhos, que já trabalharam, defendem que essa liberdade extra concedida pelo governo elimina o senso de urgência das pessoas com "vinte e poucos anos" para começarem a seguir uma profissão de fato.
Por anos, a Dinamarca tem contado com um programa que garante aos estudantes uma ajuda de custo mensal de US$ 1000 para cobrir as despesas básicas. Daniel Borup Jakobsen, recém-graduado que trabalha como VP da empresa de tecnologia Plecto, disse ao Business Insider que essa "bolsa" faz com que as pessoas permaneçam num estado apático.
Uma das medidas para tentar alterar esse estado de indiferença e aumentar o senso de urgência dos estudantes veio em 2015, quando o governo dinamarquês propôs e aprovou uma emenda que dá às universidade maior poder para pressionar estudantes a terminarem a graduação. Milhares de estudantes protestaram contra a medida, afirmando que era uma forma de remover suas liberdades.
Os defensores, porém, afirmaram que ela permitiria tornar o sistema universitário mais eficiente e, inclusive, retornar mais dinheiro à sociedade — a estimativa do governo era de US$ 266 milhões.
"Quando essa reforma no programa estudantil foi aprovada, os estudantes gastavam entre um ano e um ano e meio a mais do que deveriam", disse Søren Nedergaard, ministro de Educação e Ciência à revista The Atlantic. Segundo o ministro, a emenda reduziu a tendência dos alunos em se prolongarem na universidade, mas os "estudantes eternos" ainda marcam presença nos campi. Muitos ainda pegam um último ano extra de estudos, para fazer apenas algumas aulas e viajar ao exterior.
De todo modo, o ministro rejeitou a ideia de que o ensino gratuito é algo negativo — por gerar esse efeito de os estudantes demorarem para se formar. "Alguém que olha de fora pode se questionar se os estudantes que não pagam para estudar podem ficar tão motivados quanto aqueles que pagam. Minha impressão é que as duas coisas não estão correlacionadas. Tenho a crença que sua motivação para ser bem-sucedido nos estudos não está conectado com o fato de você pagar ou não por ele", disse.
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